14 de nov. de 2007

Bafo de boca

Só não percebeu quem não quis, até o cutruca primata do Hugo Chávez, logo sacou que o anúncio da mega reserva de petróleo na bacia de Santos, da forma como feito, tratava-se de propaganda enganosa.
Escreve Carlos Chagas: “Mais cedo que se esperava, prevaleceu a natureza das coisas. Caiu a cotação das ações da Petrobras e conscientiza-se o País de que o megacampo petrolífero da bacia de Santos é uma promessa, jamais uma realidade, como pretendeu fazer crer o governo. No mínimo dez anos decorrerão antes que jorre a primeira gota de óleo dessa província submarina. Isso caso investimentos maciços comecem a ser feitos de imediato.
Fica cada vez mais claro que o anúncio de nossa entrada na Opep constituiu apenas uma jogada de marketing para levar a população a esquecer o racionamento de gás.
A esse respeito, continua a submissão do elefante diante do gafanhoto, no caso, do Brasil perante a Bolívia. O presidente Evo Morales ameaçou botar a Petrobras para fora de seu território se não multiplicássemos nossos investimentos lá.
De imediato o presidente da empresa mandou-se para La Paz, prometendo tudo e muito mais, apesar de ouvir do ministro boliviano da Energia não haver a menor garantia de que o gás a ser produzido com dinheiro brasileiro será exportado para o Brasil. Pois agora vem o presidente Lula e passa recibo em tudo, acentuando que a Bolívia deve contemplar com gás a Argentina e o Chile, além do Brasil.”

2 comentários:

Anônimo disse...

Oi Giulio.
Assim o senhor mata os leitores daqui só com o lado ruim das coisas.
Ninguém, nem mesmo o anúncio da descoberta do governo, disse que a produção do Tupi era imediata, barata e fácil.
Porque está havendo essa crise de gás se o gasoduto e a produção nacional estão na capacidade máxima? É inegável o crescimento da economia. Acho que o governo tem culpa pela falta de planejamento, mas quem foi que construiu esse gasoduto e investiu em um país de altíssima instabilidade para atender sua clientela de empresários do interior paulista com gás sabidamente à preços muito inferiores ao mercado? Depois dizem que tenho que esquecer as cagadas do FHC. Como?
Se temos o pessimismo exacerbado de Carlos Chagas, temos opniões favoráveis:
http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp?cod=459IMQ002

http://jbonline.terra.com.br/editorias/economia/papel/2007/11/14/economia20071114002.html

Não entrei no mérito da briga recente com um leitor aqui. Mas passaram a idéia que aqui só se xinga o presidente e bota urucubaca pra tudo dar errado (pessoalmente acho um desrespeito á uma instituição democrática, por mais que eu tenha profundas divergências do pensamento e conduta de FHC, nunca me referi ao cidadão dessa maneira. Mas há liberdade de imprensa para isso.)

Comentei outro dia que fiz uma pesquisa nos artigos publicados aqui no blog e notei que o pessimismo exagerado na maioria das vezes não se justificou. Estou fazendo a mesma coisa na meca do pessimismo: O blog do Reinaldo Azevedo (Se é do governo, sou contra!). Isso dá uma tese.
Um otimismo responsável não faz mal a ninguém.

Anônimo disse...

Quando a esperteza é demais acaba engolindo o espertinho Os aloprados não aprendem, continuam no campo teórico com metáforas que não saem das pranchetas.