25 de nov. de 2007

Epidemia

O Governo Federal é uma doença infecciosa e transmissível, que se transformou em epidemia e atinge todos aqueles que dele se aproximam.
A matéria abaixo é de Weiller Diniz
O deputado Aélton José de Freitas (PR) é um obscuro parlamentar mineiro que circula no conhecido baixo clero. Sua exposição pública se deu menos pelo talento e mais pelos rolos nos quais se meteu. Com a primeira eleição de Lula, ele herdou a vaga de senador do vice-presidente José Alencar. Recém-chegado ao Senado, foi envolvido no turbilhão de denúncias que engolfaram seu conterrâneo Anderson Adauto, ex-ministro dos Transportes de Lula. Aélton José de Freitas era prefeito da pequena cidade de Iturama, no Triângulo Mineiro, onde Adauto foi responsabilizado por um desvio de R$ 4 milhões através de uma intrincada rede de negócios ilegais com fornecedores fantasmas e laranjas.
(*) Foto: Aélton fazendo pose como galã de cinema mudo
Aélton sofreu menos que o amigo e escapou de responder a um processo de cassação. Talvez por isso seja até agora tão solidário com o amigo Anderson Adauto, que hoje é prefeito de Uberaba (MG). Aélton José de Freitas tem freqüentado as sessões da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. Seu quase anonimato lhe confere uma desenvoltura discreta. Lá, faz um corpo-a-corpo com os senadores tentando convencê-los a socorrerem o amigo Adauto e aprovarem um empréstimo de U$ 17 milhões para a prefeitura de Uberaba no Bird, do qual o Brasil é fiador.
O empréstimo não foi aprovado depois que o Informe JB denunciou que a bolada iria ser administrada por José Luiz Alvez, ex-chefe-de-gabinete de Anderson Adauto e chefe da Companhia de Águas e Esgotos de Uberaba. O Senado não autoriza o empréstimo enquanto Alves e Adauto não explicarem direitinho onde será gasto o dinheiro. É que José Luiz Alves, junto com seu eterno patrão, está na ilustre lista de réus por corrupção no mensalão. Aélton de Freitas até conseguiu na última semana o apoio do novo presidente oposicionista, Sérgio Guerra (PSDB), para dispensar a audiência pública. Mas foi travado pelos senadores do DEM, que não aprovam um centavo enquanto os mineiros não explicarem para onde vai o dinheiro.

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