23 de nov. de 2007

Mais uma degola

Acaba de ser cassado o mandato de outro deputado estadual de Mato Grosso. Desta vez foi Gilmar Fabris (foto) do DEM, sob acusação de ter usado uma moradora da cidade de Poxoréo/MT, Sandra Rosângela Soares da Silva, para comprar votos. Ela funcionava como cabo eleitoral e oferecia R$ 25 por voto. Sandra foi presa em sua casa, onde foi encontrada uma caderneta contendo 99 nomes, números de títulos eleitorais e seções e alguns telefones. A caderneta estava escondida em caixa de isopor na cozinha de sua casa. Essa caderneta foi a prova que o Tribunal Regional Eleitoral precisava para cassar o mandato do deputado.

Histórico:
Fabris é de Rondonópolis, foi introduzido na política pelas mãos de Júlio Campos, ex-governador e atual conselheiro do tribunal de contas que se encantou com o então rapazote.
Gilmar venceu uma eleição com uma diferença tão mínima quanto inusitada. Na época as eleições ainda não eram eletrônicas e meses depois, uma urna foi encontrada na fazenda do político. A explicação dele? De que ganhou a urna do TRE. Ela ia ser queimada, aí ele pensou, se ela vai ser queimada, coitadinha, me dê que eu a guardo de lembrança.
Interceptações telefônicas feitos pelo Gaeco com autorização judicial, revelaram que Giovanni Zem Rodrigues funcionava como cabo eleitoral de Fabris. Ele pedia votos por telefone. Giovanni é genro de Arcanjo Ribeiro, o Comendador, chefe do crime organizado no estado e era um cabo eleitoral de peso para Gilmar Fabris. Foi preso recentemente pelo Gaeco, acusado de estar dando prosseguimento nos negócios do sogro. Jogo do bicho e todas as contravenções imagináveis. Pois é, gravações feitas pelo Gaeco dão conta que Giovanni.
Tutti bona gente! Mas assim como os dois que foram cassados ontem, já vai tarde!

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