7 de nov. de 2007

O vento que venta lá, venta cá

Tudo bem, Lula na segunda-feira (5) com a ingenuidade e o desaviso dos ignorantes, rindo confiantemente disse estar “tranqüilo” em relação à aprovação da proposta que prorroga por mais quatro anos a cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). A proposta está sendo analisada no Senado. Lula ressaltou que a “responsabilidade vai fazer com que seja aprovada a CPMF”.
Mas parece que ontem a carroça mudou o andar. Pressionado pelo PSDB e com margem apertada de votos para aprovar a prorrogação da CPMF no Senado, o governo vai desencadear uma operação de guerra, nos próximos dias, na tentativa de salvar o imposto do cheque.
Irritado com os senadores tucanos, que rejeitaram a proposta do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pedirá aos governadores de São Paulo, José Serra, e de Minas, Aécio Neves, ambos do PSDB, que entrem na negociação. Além disso, o governo fará acenos para compensar estados e municípios atingidos pela desoneração do Imposto de Renda.
"Hoje o partido está na oposição; amanhã, poderá estar no governo, é só uma questão de tempo. Mas eu me sentirei muito mais confortável se o PSDB estiver junto com a gente", comentou o ministro da Fazenda Guido Mantega. Seria interessante que ele lembrasse disso seu presidente e os congressistas que dão sustentação ao governo, que quando na oposição fizeram feroz pressão para que a CPMF não fosse aprovada. (G.S.)

(*) Foto: Guido Mantega em reunião com senadores do PSDB

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