2 de nov. de 2007

Plebiscito

Por Francisco Marcos, cientista político.

Ultimamente a palavra plebiscito está sendo muito difundida, creio que a maioria desconhece seu significado. “Nome dado, em Roma, às decisões propostas por um tribuno e tomadas pela plebe no concilia plebis. Nada mais é do que voto do povo, por sim ou por não, sobre uma proposta, lei ou resolução que lhe seja submetida.”
Devanir colega do gnomo desde os tempos do início da formação da USABC, Universidade Sindical do ABC, como ferrenho defensor da independência dos operários em relação aos governos e patrões, e contrário à contribuição sindical, quando na verdade é um imposto, deverá propugnar por um plebiscito para que possamos decidir se pagamos ou não esta contribuição “mandrake.”.
Para que tudo fique isonômico a consulta deve ser também feita em relação à contribuição sindical patronal. Deixo de crer em que todos são iguais perante a lei, apelo para os portenhos, pero no mucho!
Os sindicatos tanto operários e patronais terão que se desdobrar para terem mais associados, serem geridos como empresas, e não se agarrar a uma falsa contribuição que é uma impostura vinda do século passado. Os sindicatos de carimbo deixarão de existir, o meio será oxigenado, os pelegos dos dois lados estarão condenados à extinção.
Os sindicatos passarão a ser verdadeiros defensores de seus sindicalizados, deixando de ser uma “igrejinha”.
Haverá uma profissionalização forçada dos quadros dirigentes, acabaremos com a suposta lenda de que o sindicato é reduto de vagabundo, somos contra a eternização em qualquer tipo de poder. Os sindicatos terão de ser livres, deixarem de fazer teatro, da pior categoria, proporcionado o me engana que eu gosto.
Jamais um sindicato poderá ser correia de transmissão de partidos, falo dos dois tipos, tanto o operário como o patronal. O Brasil não precisa de reformas, precisa sim de muita vergonha na cara, para que possamos realmente ser uma nação e deixar de slogans ufanistas; “país do futuro, pátria do evangelho, celeiro do mundo.”.

Um comentário:

ma gu disse...

Alô, Adriana

Reproduzo aqui o Site G1 de 18/10.
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"A Câmara derrubou a obrigatoriedade do pagamento do imposto sindical durante votação na noite de quarta-feira (18) do projeto que regulamenta as centrais sindicais.
Depois de já ter aprovado o texto do projeto de forma simbólica, os deputados votaram uma alteração proposta pelo deputado Augusto Carvalho (PPS-DF) tornando facultativa a contribuição sindical equivalente a um dia de trabalho, que hoje é cobrada obrigatoriamente de todos empregados. De acordo com projeto aprovado, o imposto dependerá de autorização do trabalhador para o desconto em folha de pagamento.
O projeto sofreu outra mudança na votação ontem à noite. Foi aprovada uma alteração ao texto original que obriga as centrais sindicais a prestarem contas do dinheiro recebido ao Tribunal de Contas da União (TCU).
A proposta precisa ser votada ainda pelo Senado e depois seguir para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva."
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Já estava mais do que na hora de transformá-lo em facultativo. Aliás , neste país de faz-de-conta do sapo barbudo, ou sr. DaSilva, ou gnomo de jardim, ou etc, já está mais do que na hora de acabar com todo esse atavismo obrigatório que nos vem desde getúlio, o pai-dos-pobres, principalmente o voto. Não temos DIREITO de voto. Ao contrário, temos DEVER de voto. Tanto é que funcionário público que não votar tem seus vencimentos suspensos. A melhor chance que tivemos foi com aquela múmia que dirigiu os trabalhos da "Constituição Cidadã" (risos), que não a aproveitou.
Vivemos ou não num Estado Policial?