Resposta a João

O boteco da esquina e a autoridade constituída

Depois de uma verdadeira enxurrada de e-mails durante toda a madrugada, disparados para o sub-secretário de meio ambiente de Cuiabá (a autoridade constituída), descobri que a ouvidoria de Cuiabá funciona, aliás, com rapidez e presteza. O ouvidor, Eduardo Ricce, marcou uma audiência com a autoridade constituída do meio ambiente, Gilson Nunes. Fui acompanhada da advogada dos moradores incomodados e toda a papelada.
Impressões: de cara a autoridade constituída do meio ambiente de Cuiabá, Gilson Nunes, nem levantou os olhos quando entramos na sala, continuou falando ao celular. Tudo bem, não esperava nada além disso. Só quando o ouvidor chegou para a reunião é que a conversa pôde começar de fato. A autoridade constituída deixou o telefone e começou a falar, na defensiva. Estava emputecido com a quantidade de e-mails disparados por mim, mas dizia que ia agir não por causa dos e-mails. hummmm, tá bom. Daí ele disse estar puto por eu suspeitar que ele esteja fazendo vistas grossas e permitindo que o boteco funcione ilegalmente e que ia procurar os seus direitos. Está certo, disse eu à autoridade, e torço para que o senhor encontre os direitos, diferente de mim, que não estou encontrando.
A conversa foi básica assim. A Doutora Dalila, advogada, ex-procuradora do estado, que ele tratou com desdém pela autoridade constituída, levou todas as perícias feitas até então. Mas a autoridade constituída dizia que tinha que fazer outras. Sei lá o motivo.
Bem, o que adiantou mesmo foi a interferência do ouvidor e a atenção do prefeito que vem acompanhando o caso. O barulho do boteco diminuiu sim, não a ponto de nos dar sossego, mas a ponto de permitir que raciocinemos dentro de casa.
Hoje, por volta das 3 da madrugada, teve uma espécie de buzinasso acompanhado por um concurso de músicas eletrônicas.
Básico assim.
Sabe o que mais temo? Um dia encontrar a autoridade constituída no boteco da esquina.
Ai, ai, ai...