Não interessa o partido ou o político, como escreve Weiller Diniz quem se aproxima ao presidente Lula esquece a ética
No dia 26 de novembro a Comissão de Ética Pública do governo federal recomendou que o ministro do trabalho, Calos Lupi (PDT-RJ), deixasse a presidência nacional do partido por considerar o acúmulo de função um desvio ético. A comissão, presidida pelo ex-ministro da economia era Collor, o embaixador Marcílio Marques Moreira, concluiu que na dupla função havia um "conflito de interesses" entre o cargo de ministro de Estado e de presidente de um partido político. A Advocacia-Geral da União, em um despacho dado pelo advogado José Antônio Dias Toffoli, entrou no circuito e numa abordagem estritamente jurídica sustentou a permanência de Carlos Lupi no posto de ministro do Trabalho sob o argumento de que "não há ilegalidade ou inconstitucionalidade" na duplicidade de papéis desempenhados pelo ministro. A questão, obviamente, não é jurídica e sim ética e, portanto, caberá ao presidente Lula decidir, nos próximos dias, a dupla jornada de Carlos Lupi, que deu os ombros e não quer largar nenhum osso.
O constrangedor é o próprio partido do ministro, o PDT, que tem na figura de Jefferson Péres (PDT-AM) um inclemente guardião da ética alheia e que agora deveria cobrar de seu ministro a ética que cobra dos demais. Cristovam Buarque é outro senador do PDT por Brasília que gosta de cobrar ética de terceiros. Em uma reunião onde estavam os senadores Heráclito Fortes (DEM-PI), Roseana Sarney (PMDB-MA) e Sérgio Guerra (PSDB-PE), Cristovam defendeu a demissão de Lupi: "Fica muito mal ele permanecer. Mas se ele for demitido quem vamos colocar no lugar dele? Nós não temos quadros", lamentou. Procurado pelo Informe JB, Cristovam mudou o tom e defendeu o desvio ético pelos, acredite, precedentes tucanos. "Não vejo problema. Sérgio Mota era secretário-geral do PSDB e ministro das Comunicações. Jorge Bornhausen era ministro e presidente do PFL".

O constrangedor é o próprio partido do ministro, o PDT, que tem na figura de Jefferson Péres (PDT-AM) um inclemente guardião da ética alheia e que agora deveria cobrar de seu ministro a ética que cobra dos demais. Cristovam Buarque é outro senador do PDT por Brasília que gosta de cobrar ética de terceiros. Em uma reunião onde estavam os senadores Heráclito Fortes (DEM-PI), Roseana Sarney (PMDB-MA) e Sérgio Guerra (PSDB-PE), Cristovam defendeu a demissão de Lupi: "Fica muito mal ele permanecer. Mas se ele for demitido quem vamos colocar no lugar dele? Nós não temos quadros", lamentou. Procurado pelo Informe JB, Cristovam mudou o tom e defendeu o desvio ético pelos, acredite, precedentes tucanos. "Não vejo problema. Sérgio Mota era secretário-geral do PSDB e ministro das Comunicações. Jorge Bornhausen era ministro e presidente do PFL".
Um comentário:
Embora se tenham que politizar os assuntos de interesse dos cidadãos, ninguém há de negar que o feudo político é corrompido e corruptor. É uma pena que na véspera do nascimento d"Ele" eu tenha que dizer essa frase horrorosa. Aproveito para desejar a vocês todos um bom Natal, verdadeiramente cristão, isto é, centrado em Cristo, não importa qual seja a ideologia e a religião. Obrigada pela sua luta guardiã e cidadã.
Postar um comentário