20 de dez. de 2007

Impasse no PT da Bahia

Por Chico Bruno

Em 1986 o PT baiano ficou dividido entre apoiar a candidatura de Waldir Pires, então no PMDB, ao governo do Estado e lançar candidatura própria. Foi um estica e puxa retado. Acabou levando a melhor, a corrente que defendia a candidatura própria. Sem a mínima chance de vitória lançaram a candidatura, do hoje deputado federal, Zezéu Ribeiro.
A campanha de Zezéu ficou marcada em muitas mentes por causa do refrão chatinho do jingle que dizia “Zezéu vou votar você”.
Passados 21 anos o PT baiano revive um novo estica e puxa. Este muito mais retado do que aquele. Tudo pela disputa do comando do partido na Bahia e na capital.
Logo agora, que o PT detém o governo estadual e apóia a administração de Salvador, se esperava que as correntes petistas se entendessem e saíssem das urnas unidas.
Mas qual o quê. Os petistas baianos foram aos murros. A eleição virou um caso de polícia. Uma lástima.
No primeiro turno foram mantidas as aparências, mas no segundo a fantasia foi rasgada. As duas correntes que se defrontaram, “Construindo um novo Brasil” e “A Esperança É Vermelha” declararam seus candidatos vencedores.
A saída foi apelar para a Executiva Nacional, que decidiu, por um placar apertado: nove votos a oito, que nos dias 24 e 25 de janeiro do ano que vem enviará a Salvador uma comissão especial para julgar os recursos.
Por trás de toda a querela petista está em jogo, como em 1986, o dilema de lançar candidatura própria ou apoiar a reeleição do prefeito João Henrique (PMDB).
Enquanto aguarda a passagem do ano para resolver a questão, o PT da Bahia seguirá dividido, batendo boca e criando mais problemas do que soluções para ajudar o companheiro Jaques Wagner a governar a Bahia.

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