8 de dez. de 2007

Lula será derrotado pela base “desalinhada”

Por Chico Bruno

O presidente Lula mira nos senadores da oposição contrários à prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) até 2011.
Em visita a Macapá, Lula afirmou que os senadores de oposição querem atingir seu passado ao brigarem contra a CPMF.
- Nós estamos percebendo, agora, lá no Senado Federal que tem algumas pessoas, não todas, dos partidos de oposição que não querem, não aceitam que esse país dê certo. E, muito menos, admitem o sucesso de um torneiro mecânico na Presidência da República afirmou.
Ao lado do senador José Sarney (PMDB-AP), o presidente acusou, ainda, que querem instalar uma nova crise no governo.
- Parece que lamentavelmente tem gente que acha que não pode dar certo, que o Brasil precisa de uma crise, porque sem crise a gente não tira proveito de nada.
Com o suor descendo pela testa, conseqüência do sol escaldante de Macapá, o irritado Lula, mandou um último recado a oposição.
- Quero dizer que no Brasil não vai ter crise, façam o que tiverem que fazer, este país vai continuar crescendo, no rumo em que ele está.
Lula chegou a Macapá na sexta-feira à noite (7) e foi direto para residência oficial do Governo do Estado onde jantou. Talvez, pela quantidade de açaí que ingeriu, Lula tenha se sentido a vontade para comentar que o plano “b” do governo, caso a proposta de prorrogação da CPMF seja derrotada, é a própria CPMF.
Se perder na votação marcada para terça-feira, Lula recriará o tributo com outra feição em 2008, através de uma medida provisória.
Para Lula o governo perdeu o discurso em torno da CPMF, pois, permitiu que o assunto se reduzisse ao confronto: prorrogação x fim da contribuição.
Para o presidente, o discurso correto é o que vem fazendo nos últimos dias, quanto acusa as elites de querer retirar o dinheiro que financia programas sociais e a saúde pública.
A tática de Lula é tentar jogar os mais pobres contra as elites e a oposição. Uma maneira enviesada e equivocada de fazer o jogo político.
Como Lula não pode atacar a base aliada, composta por 53 dos 81 senadores, que será a responsável por uma possível derrota da PEC da CPMF, ele e seus ministros desancam a oposição tentando responsabilizá-la pela derrota.
As contas desmentem o presidente Lula. Se sua base aliada tem 53 senadores, tem a maioria, pois restam à oposição apenas 28 excelências como costuma dizer Lucia Hippolito. As contas mostram que o governo tem uma folga de 4 votos para aprovar a CPMF.
Portanto se o governo for derrotado, o será pela sua base “desalinhada” e não pela oposição que não tem votos para tal façanha.
Lula se esforça para tentar vender o contrário a Nação. Talvez, ele esteja constrangido em permitir que o povo perceba que ele não consegue comandar a sua base aliada no gogó, mas apenas no famoso toma-lá-dá-cá.

Um comentário:

Anônimo disse...

Às vezes fico me perguntando como seria o lula torneiro-mecânico...

Quanto tempo ele trabalhou nessa profissão?
(Pelo que diz a midia ele foi sindicalista)

Se teve competência nessa profissão?
(Perder o dedo em um torno mecânico nem sempre é incompetência)

Se ele teve algum sucesso nessa profissão?
(Imagino como eram as peças que ele produziu no seu torno-mecânico)

Se ele "improvisava" muito nessa profissão?
(Considerando os "improvisos" de agora...)