Weiller Diniz escreve sobre a censura sempre presente no modus faciendi do Partido dos Trabalhadores.
Os petistas têm um irrefreável pendor pelas mordaças, especialmente para silenciar os críticos. José Dirceu quis calar o Ministério Público quando ainda não se sabia de suas ligações com o mensalão. Depois resolveram tentar amordaçar a imprensa e foram obrigados a retroceder.
O presidente da Câmara, o petista Arlindo Chinaglia (SP), encomendou um estudo para mudar o regimento interno a pretexto de dinamizar as sessões da Câmara. O resultado é tão estapafúrdio e grave para os debates democráticos que provocou a ira da oposição.
Para um Parlamento, cuja essência é o debate permanente, as mudanças regimentais representam um garrote contra a minoria. A proposta acaba com o direito dos líderes usarem a qualquer tempo as comunicações para tratar de assunto relevante no plenário. Essa comunicação a qualquer instante seria substituída por um tempo de 60 minutos antes da votação para os líderes falarem. Desta forma, surgindo alguma dúvida que demande uma orientação do líder partidário na votação, eles estariam impedidos de falar. Nas comissões, as restrições se repetem.
O projeto é de causar inveja aos mais experientes censores do SNI de outrora. Entre outras extravagâncias, como transferir poderes hoje do plenário para o autocrata que estiver de plantão na presidência, o projeto simplesmente extingue o requerimento de votação por processo nominal. Este é, sem dúvida, o mais valioso direito das minorias, ao lado das CPIs, como instrumento de resistência aos rolos compressores de governos construídos sabe-se lá a que custo. Quando o plenário está vazio e se tenta votar através do método simbólico, é pelo caminho da votação nominal que a oposição consegue derrubar projetos do governo quando sua maioria está ausente ou omissa. Trata-se, por ora, de um estudo. Mas todas as mordaças anteriores começaram assim.
Os petistas têm um irrefreável pendor pelas mordaças, especialmente para silenciar os críticos. José Dirceu quis calar o Ministério Público quando ainda não se sabia de suas ligações com o mensalão. Depois resolveram tentar amordaçar a imprensa e foram obrigados a retroceder.
O presidente da Câmara, o petista Arlindo Chinaglia (SP), encomendou um estudo para mudar o regimento interno a pretexto de dinamizar as sessões da Câmara. O resultado é tão estapafúrdio e grave para os debates democráticos que provocou a ira da oposição.
Para um Parlamento, cuja essência é o debate permanente, as mudanças regimentais representam um garrote contra a minoria. A proposta acaba com o direito dos líderes usarem a qualquer tempo as comunicações para tratar de assunto relevante no plenário. Essa comunicação a qualquer instante seria substituída por um tempo de 60 minutos antes da votação para os líderes falarem. Desta forma, surgindo alguma dúvida que demande uma orientação do líder partidário na votação, eles estariam impedidos de falar. Nas comissões, as restrições se repetem.
O projeto é de causar inveja aos mais experientes censores do SNI de outrora. Entre outras extravagâncias, como transferir poderes hoje do plenário para o autocrata que estiver de plantão na presidência, o projeto simplesmente extingue o requerimento de votação por processo nominal. Este é, sem dúvida, o mais valioso direito das minorias, ao lado das CPIs, como instrumento de resistência aos rolos compressores de governos construídos sabe-se lá a que custo. Quando o plenário está vazio e se tenta votar através do método simbólico, é pelo caminho da votação nominal que a oposição consegue derrubar projetos do governo quando sua maioria está ausente ou omissa. Trata-se, por ora, de um estudo. Mas todas as mordaças anteriores começaram assim.
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