1 de dez. de 2007

Para o cara-pálida boliviano

Por Adriana Vandoni

Em resposta a um leitor boliviano, pró-Evo, que dentre otras cositas questiona a presença da Petrobras em seu país. Acho que ele não vai ler a resposta, e se ler não vai entender, pelo motivo de que já deve ser duro pra caramba eles lerem em português, imagine então um partidário de Evo Morales!
Mas vamos à resposta:
Antes é preciso fazer um esforçozinho para perceber que recursos naturais só se transformam em riqueza após serem explorados. Os “recursos naturais” nada mais são que recursos, que estão lá e podem ficar indefinidamente como estão, sem gerar riqueza, impostos para serem investidos em melhoria de vida de um povo, etc.
Posto isso, veja bem, sem o investimento da Petrobrás provavelmente esses "recursos naturais" seriam transformados em riqueza só daqui a muitas décadas - se fossem - para que gerasse emprego, impostos e dinheiro para a população. É sabido que a Bolívia não tinha recursos, e ainda não tem (a menos que sejam recursos oriundos da Venezuela que não teria interesse), para a prospecção e exploração desses “recursos naturais”. O Brasil tem recursos – e poucos - e é praticamente o único com interesse em investir lá, já que o transporte desses “recursos naturais” não é, vamos combinar, tão viável a ponto de ser exportado para países de outros continentes.
Veja o exemplo do Brasil: Lula esbravejou sobre a descoberta do campo de Tupy, acredito que já deva até ter mandado confeccionar uma carteirinha da OPEP com seu nome, porém, imagine o caso de ser impossível, ou inviável a exploração do petróleo desse campo. Seriam ainda nossos "recursos naturais", mas sem a possibilidade de gerar riqueza e bem estar para a população. Outro exemplo: Cuiabá, minha cidade, foi fundada pela sua riqueza em ouro de aluvião, ou de superfície. Imagine que ainda exista ouro sob a cidade. Cuiabá possuiria um grande "recurso natural"? Claro que sim, porém, para transformá-lo em riqueza teríamos que fazer coisinhas básicas como derrubar a cidade. Só! Mas cá com os meus neurônios, meio bagunçados, é verdade, fico imaginando tudo destruído, um grande garimpo, e até com uns meios-fios verdinhos ao lado da grande destruição. Ah, meio-fio verde é uma das marcas da atual administração municipal.
Portanto, caro leitor boliviano pró-Evo que não está me lendo e se está, não está entendendo, camelus cupiens cornua, aures perdidit, ou, o camelo, por desejar chifres, perdeu as orelhas.

4 comentários:

ma gu disse...

Alô, Adriana.

Apesar de bem explicadinho, acho que você forçou um pouco para o petista de lá...

Anônimo disse...

Adriana: Acabo de retransmitir seu artigo a colegas no Paraguai, para explicar os motivos pelos quais se diz que o Brasil entrou com tecnologia, dinheiro, mercado e, claro também com a nossa metade do rio Paraná, para fazer Itaipu. E o Paraguai entrou só com a água.

E eles acham ruim e se dizem explorados pelo império brasileiro. Se ganhar a eleição paraguaia o tal bispo Lugo, vamos sentir saudades dos probleminhas com o Evo...

Abraços
Anonimo

Anônimo disse...

Adriana,


Essa escória mascadora de coca, vive chapada!


Deixe que se explodam.

Unknown disse...

VIVI, vamos mandar umas azeitonas e umas granadas para dar paladar à mastigação desses calhordas. Pode ser que depois da degustação haja alguns morales a menos para abusar de nossa paciência.