10 de dez. de 2007

A trapaça da gasolina

Caso a pergunta se faça a um economista, a um executivo de multinacional ligada ao petróleo ou, mesmo, a um técnico da Petrobras, e eles nos olharão de cima para baixo, com ar de comiseração, antes de dar a resposta. Por Carlos Chagas
Terão mil explicações que o cidadão comum não entenderá para a indagação de por que, enquanto o dólar subia, elevava-se o preço da gasolina, mas, agora que o dólar despenca, como não cai o preço da gasolina?
Podem dizer o que quiserem, mas tem vigarice nessa história. No mínimo, contrariando a lógica dos pobres mortais situados aqui em baixo. Celebra-se a força do real frente ao dólar ou, até mesmo, a fraqueza das verdinhas, mas, em termos concretos, a conclusão é de que os mesmos de sempre continuam faturando em cima de todos nós. Apesar das mil equações esotéricas expostas em economês, como explicar o inexplicável?
Suportamos montes de aumentos da gasolina por conta da alta do dólar. Tudo bem, era assim que as coisas funcionavam. Só que quando chega a vez da recíproca, ela não é verdadeira. O dólar despenca e os preços do combustível mantêm-se no mesmo patamar, quando não crescem...
É por essa e outras que, humildemente, duvidamos desse fajuto mercado que não sofre limite algum do poder público. Aliás, de uns tempos para cá, o Estado transformou-se em linha auxiliar do poder econômico. Fazer o quê?

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