As autoridades públicas baianas sempre insistiram em afirmar que o carnaval de Salvador é o maior do planeta. O marketing governamental baiano, ao estilo de água mole em pedra dura tanto bate até que fura, conseguiu incutir na mídia que isso era verdade.
Para os bons observadores o buraco é mais embaixo. Basta ver o noticiário dos fins de semana que antecedem o Carnaval para se ver onde está a verdade.
Enquanto, milhares de foliões enchem as ruas de Manaus, Recife, Santos, Olinda e Rio de Janeiro, com blocos desfilando nos fins de semana, em Salvador a movimentação se restringe a festas privadas: as famigeradas feijoadas carnavalescas repletas de convidados globais. É o carnaval dos endinheirados.
Com a eleição de Jaques Wagner esperava-se que em 2008 alguma coisa mudasse na mesmice do carnaval baiano, mas qual o quê!
Continua tudo como d’antes no quartel de Abrantes. Parece que o novo governo concorda com tudo o que era feito pelos antecessores.
Em 2007 não houve cobrança, pois os governos tomam posse dias antes do Carnaval. Não haveria tempo hábil para nenhuma mudança. Agora, com um ano de governo, não se pode mais ser condescendente.
Salvador vai fazer mais um carnaval para os endinheirados. O povo que se lixe. Vai continuar espremido entre as paredes dos camarotes e as cordas dos blocos com trio.
As autoridades públicas da Bahia não se esforçam para trazer de volta o que já foi um carnaval de todos. Até o início dos anos 80, o carnaval de Salvador, tinha conjuntos de mascarados (os clóvis do carnaval carioca), de irreverentes jovens que vestiam mortalhas com dizeres de duplo sentido, blocos de sujos com as tradicionais bandinhas de chupa-catarro e os trios elétricos Marajós, Tapajós, Dodô e Osmar e outros que arrastavam multidões de foliões, sem as indefectíveis cordas, pelas ruas da Cidade Alta. A única coisa que resiste é a Mudança do Garcia, que na segunda-feira de Carnaval quebra o pau para entrar na passarela dos camarotes do Campo Grande, proporcionando ao povão um pouco de alegria, fora isso ao povo nada.
Os governos do Rio de Janeiro e Pernambuco, ao contrário dos da Bahia, nunca deixaram a bola cair. Sempre usaram o poder para assegurar a participação popular nos carnavais. O Galo da Madrugada e Sovaco de Cristo são dois exemplos, um pernambucano e o outro carioca. Poderia listar milhares de exemplos por todo o país. Esses dois estão de bom tamanho.
Na Bahia aconteceu o contrário. Privatizaram a folia. As autoridades públicas entregaram os festejos de Momo aos empresários do axé. Na ânsia de cada um aparecer mais, decidiram trazer personalidades internacionais para “abrilhantar” a festa dos endinheirados. Esse ano, o arroz de festa será a modelo Naomi Campbell, que no momento desfila com Hugo Chávez a tiracolo pelas ruas de Caracas.
É por isso, que Otávio Mangabeira cunhou a frase: “Pense num absurdo, na Bahia tem precedente”.
Continua tudo como d’antes no quartel de Abrantes. Parece que o novo governo concorda com tudo o que era feito pelos antecessores.
Em 2007 não houve cobrança, pois os governos tomam posse dias antes do Carnaval. Não haveria tempo hábil para nenhuma mudança. Agora, com um ano de governo, não se pode mais ser condescendente.
Salvador vai fazer mais um carnaval para os endinheirados. O povo que se lixe. Vai continuar espremido entre as paredes dos camarotes e as cordas dos blocos com trio.
As autoridades públicas da Bahia não se esforçam para trazer de volta o que já foi um carnaval de todos. Até o início dos anos 80, o carnaval de Salvador, tinha conjuntos de mascarados (os clóvis do carnaval carioca), de irreverentes jovens que vestiam mortalhas com dizeres de duplo sentido, blocos de sujos com as tradicionais bandinhas de chupa-catarro e os trios elétricos Marajós, Tapajós, Dodô e Osmar e outros que arrastavam multidões de foliões, sem as indefectíveis cordas, pelas ruas da Cidade Alta. A única coisa que resiste é a Mudança do Garcia, que na segunda-feira de Carnaval quebra o pau para entrar na passarela dos camarotes do Campo Grande, proporcionando ao povão um pouco de alegria, fora isso ao povo nada.
Os governos do Rio de Janeiro e Pernambuco, ao contrário dos da Bahia, nunca deixaram a bola cair. Sempre usaram o poder para assegurar a participação popular nos carnavais. O Galo da Madrugada e Sovaco de Cristo são dois exemplos, um pernambucano e o outro carioca. Poderia listar milhares de exemplos por todo o país. Esses dois estão de bom tamanho.
Na Bahia aconteceu o contrário. Privatizaram a folia. As autoridades públicas entregaram os festejos de Momo aos empresários do axé. Na ânsia de cada um aparecer mais, decidiram trazer personalidades internacionais para “abrilhantar” a festa dos endinheirados. Esse ano, o arroz de festa será a modelo Naomi Campbell, que no momento desfila com Hugo Chávez a tiracolo pelas ruas de Caracas.
É por isso, que Otávio Mangabeira cunhou a frase: “Pense num absurdo, na Bahia tem precedente”.
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