Nesses dias em que estive fora do ar conversei com muitos angolanos, que vieram ao Brasil festejar a passagem do ano na região de Campinas. São diretores de petrolíferas e empresários residentes em Luanda e Benguela.
Ouvi histórias do arco da velha sobre as relações comerciais entre o Brasil e Angola.
Relatos sobre o pioneirismo da Odebrecht, que chegou ao país africano nos primeiros anos da década de 80, sobre a invasão de outras empresas brasileiras após o cessar guerra e, ainda, sobre o lobby exercido por ex-ministros do governo Lula para emplacar grandes negócios em Angola.
Angola é um país em reconstrução, daí o interesse que desperta, principalmente nos atuais e ex-ministros do governo brasileiro.
Daí que as declarações do ex-ministro José Dirceu a revista Piauí não me surpreendem em relação a Angola. O que ele disse a repórter Daniela Pinheiro bate em número, gênero e grau com os relatos que ouvi sobre as investidas dele e do deputado federal e ex-ministro da Fazenda, Antônio Palocci, que usa como testa de ferro o empresário de Ribeirão Preto, Roberto Colnaghi, aquele sobre o qual pesa a história do transporte dos dólares cubanos.
Quando Dirceu diz:
- Meu interesse é infra-estrutura: rodovias, telefones, telecomunicações. Temos a vantagem do idioma, o know-how. Também vou abrir um escritório no Panamá. A América Latina está cheia de bons negócios. Outro de seus sócios, o advogado Antônio Lamego, é amigo do general João de Matos, ex-chefe de Estado Maior do Exército angolano. Os três haviam marcado de se encontrar em breve, na Costa do Sauípe, para tratar de negócios.
Ele está falando a verdade. Apenas omitiu que muitos negócios estão sendo alavancados com dinheiro público brasileiro, como, por exemplo, os financiamentos do Banco do Brasil que estão sendo usados pelo empresário Roberto Colnaghi.
A última da dupla Palocci/Colnaghi deixou empresários angolanos furiosos, pois compraram gato por lebre.
Colnaghi vendeu para empresários de Angola, que pretendem investir em pecuária, cabeças de gado de qualidade inferior. O maracutaia foi atestado por técnico brasileiro que foi a Benguela atestar a qualidade do gado vendido.
Algumas dessas ocorrências estão gerando grande desconfiança nos angolanos, em relação a alguns brasileiros que estão desembarcando em Angola.
Aliás, na reportagem da revista Piauí, Dirceu confirma que trabalha para o mexicano Carlos Slim, que controla no Brasil a Embratel e a Claro, empresas compradas por ele com a interferência de Dirceu, enquanto ministro de Lula.
Neste trecho fica claro que Dirceu usa a sua condição de ex-ministro para abrir portas em países da África e América Latina.
- Mas não sou consultor dele no Brasil. Como defendo coisas contrárias ao interesse dele aqui, temos um acerto informal de buscar negócios em outros países da América Latina.
Aliás, o papo de Dirceu é convincente, desde os anos de líder estudantil.
Quando Dirceu diz:
- Meu interesse é infra-estrutura: rodovias, telefones, telecomunicações. Temos a vantagem do idioma, o know-how. Também vou abrir um escritório no Panamá. A América Latina está cheia de bons negócios. Outro de seus sócios, o advogado Antônio Lamego, é amigo do general João de Matos, ex-chefe de Estado Maior do Exército angolano. Os três haviam marcado de se encontrar em breve, na Costa do Sauípe, para tratar de negócios.
Ele está falando a verdade. Apenas omitiu que muitos negócios estão sendo alavancados com dinheiro público brasileiro, como, por exemplo, os financiamentos do Banco do Brasil que estão sendo usados pelo empresário Roberto Colnaghi.
A última da dupla Palocci/Colnaghi deixou empresários angolanos furiosos, pois compraram gato por lebre.
Colnaghi vendeu para empresários de Angola, que pretendem investir em pecuária, cabeças de gado de qualidade inferior. O maracutaia foi atestado por técnico brasileiro que foi a Benguela atestar a qualidade do gado vendido.
Algumas dessas ocorrências estão gerando grande desconfiança nos angolanos, em relação a alguns brasileiros que estão desembarcando em Angola.
Aliás, na reportagem da revista Piauí, Dirceu confirma que trabalha para o mexicano Carlos Slim, que controla no Brasil a Embratel e a Claro, empresas compradas por ele com a interferência de Dirceu, enquanto ministro de Lula.
Neste trecho fica claro que Dirceu usa a sua condição de ex-ministro para abrir portas em países da África e América Latina.
- Mas não sou consultor dele no Brasil. Como defendo coisas contrárias ao interesse dele aqui, temos um acerto informal de buscar negócios em outros países da América Latina.
Aliás, o papo de Dirceu é convincente, desde os anos de líder estudantil.
Um comentário:
O interesse do Brasil na África é um dos braços da conexão portuguesa, sobretudo no campo energético. É um lobby de que os países de língua portuguesa têm de se unir comercialmente e fazer um truste no setor de petróleo e de minerais, para fazer frente à OPEP. Para os países do Cone Sul, Portugal é a entrada para o Mercado Comum Europeu. A China também tem interesse na África, assim como na América do Sul, nos países do Foro de São Paulo, pelo mesmo motivo. Sem energia, seu gigantismo pára. A Austrália está metida no imbroglio, mas ainda não descobri se sozinha ou em parceria com a China.
Deste fato ocorre, na minha opinião, o grande interesse dos portugueses no litoral paulista e carioca e, agora, com a descoberta de Mexilhão e Tupi, o negócio está fervendo. Este fato explica as incursões de Vavá, em São Sebastião, em favor de Emídio Mendes e sua Nacionalgás, que pretendia influenciar no Plano Diretor de São Sebastião. O dinheiro da máfia portuguesa foi investido também em Ilhabela, mas agora o Projeto Mexilhão foi aprovado em Caraguatatuba, embora tenha sido embargado pelo Ministério Público, pois a Perobrás não explicitou seu tamanho e o tamanho do impacto ambiental, segundo os cometários locais, capaz de assobrar o mundo todo.
Como é legal ter uma jogatina quando se fala de muito dinheiro, é por este motivo que Vavá e Dario Morelli estavam metidos na Xeque-Mate (o que aconteceu com esta Operação?) em Ilhabela. E talvez por este motivo Sílvio Pereira (dizem que hoje ele é free lance da Petrobrás) fugiu para Ilhabela, quando estourou o escândalo do mensalão. Quem esteve metido no alvo da Operação foi Ivo Noal, também ligado a Ilhabela, que comandava a jogativa numa seccional de São Paulo e que foi identificado por ocasião da apreensão dos documentos de Chokr, em 2007. O dinheiro eral evado para uma off-shore portuguesa.
No Rio, a jogatina foi investigada pela Operação Hurricane, também desdobramento das CPIS dos Bingos. O empresário Licínio Bastos Soares, português, também foi investigado. Bem, este é um assunto ainda não bem desvendado. Não há interesse na imprensa amestrada, como a chama Jorge Serrão, em fazer as conexões, porque senão a coisa fede muito e financiou muita candidatura de bandido que não era para estar no poder.
Este é um assunto que já venho há muito tempo pesquisando e tenho um dossiê muito bom. Quem escreveu muito na época foi o Reinaldo Azevedo e há um site que se chama Jardins do Mondego na Riveira do Imprensa Livre de São Sebastião que é bem completo sobre a ação da máfia portuguesa por lá. Abraços.
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