Um dos principais representantes do setor energético do país disse na terça-feira que, na prática, o Brasil já vive em ritmo de apagão, ao contrário do que afirma o governo. Para o presidente da Associação Brasileira dos Investidores em Autoprodução de Energia Elétrica (Abiape), Mário Luiz Menel, o custo da energia no país é tão elevado que as empresas já enfrentam uma espécie de racionamento. Também na terça, o governo prometeu encontrar saídas para a crise em breve.
Para o presidente da Abiape, que representa empresas como CSN, Vale e Gerdau, "o racionamento se faz no preço". "Ora, se já estamos pagando de cinco a seis vezes mais pela energia, isso já é racionamento. Para mim, pagar cerca de 600 reais o megawatt-hora já configura apagão", disse ele, conforme reportagem publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo nesta quarta-feira. O presidente da associação afirmou que há investidores para o setor, mas o governo não tem projetos.
Conforme Menel, o aumento do preço de energia para os produtores não terá impacto no consumo residencial, como teme o governo -- pelo menos não por enquanto. "Mas o consumidor poderá sentir as conseqüências por volta de julho", disse ele. Como o preço da energia no mercado livre é calculado com base em elementos como o volume de chuvas e o crescimento econômico, o valor varia em cada cenário. Atualmente, com a escassez de chuvas, está no máximo permitido.
Com o custo do megawatt-hora em 569,59 reais (quase 20% a mais do que na semana passada, 475,53 reais), os grandes consumidores sofrem. Na próxima semana, as indústrias do Rio de Janeiro, representadas pela Firjan, levarão ao governo uma proposta de racionalização de energia no país todo, uma medida que visa evitar um corte de fornecimento mais abrupto no futuro. Ao comentar o tema, Lula disse que "a questão energética vive de boatos", negando o risco de apagão.
Caminho - Na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a promessa é de solução técnica para o setor dentro de pouco tempo. O diretor Edvaldo Santana disse que os trabalhos "estão caminhando" e logo será apresentado o caminho para aumentar a oferta de energia. Na semana passada, o diretor-geral da agência, Jerson Kelman, disse que há risco de apagão. Santana admitiu que os responsáveis pelo setor estão preocupados, mas negou semelhança com a crise de 2001.
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Para os que ainda não assistiram, veja o vídeo da propaganda eleitoral de 2006, com mais uma das mentiras de Lula, provavelmente já combinada, para que algum petralha colocasse em manchete e pudesse ser utilizada na campanha eleitoral. São profissionais.
Um comentário:
Fim de linha!
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