O Congresso começa a funcionar em fevereiro, mas existe uma categoria especial de parlamentares, pequena, por sinal, que durante as férias sempre se dedica a programar as atividades futuras. Nada a opor, muito pelo contrário, porque Câmara e Senado têm um mundo a construir, se houver vontade política.
Mas é bom tomar cuidado, porque muitos absurdos poderão surgir em meio a propostas edificantes como votar a reforma tributária e a reforma política, regulamentar o direito de greve para os funcionários públicos e outras.
Tem gente preparando a chamada reforma trabalhista, mas às avessas. Em vez de programar fórmulas capazes de desonerar as empresas e, ao mesmo tempo, minorar as agruras dos assalariados, tem gente abrindo o saco de maldades. São aqueles deputados e senadores a serviço dos próprios interesses, quando se trata de empresários travestidos de legisladores, ou apenas os sabujos de sempre, prestadores de serviço a quantos financiaram suas eleições.
Pretendem, na reforma trabalhista, dividir em doze parcelas anuais o décimo-terceiro salário e as férias remuneradas. A alegação é tornar menos agudas as despesas com pessoal. O problema é que, aprovada essa alteração, em dois ou três anos desaparecerão as férias remuneradas e o décimo-terceiro salário.
Porque diante de um aparente aumento mensal, qual a empresa que aceitará acrescer novos reajustes aos seus empregados, mesmo os acordes com a inflação? A permanente perda do poder aquisitivo dos salários encarregar-se-á de mandar para a estratosfera esses dois direitos, erroneamente chamados de benefícios, só porque eles não existem na China e no Estados Unidos.
Querem, também, suprimir a indenização por demissão imotivada, com base no princípio de que o contrato é a lei das partes, não devendo o poder público intrometer-se nela. O patrão e o empregado devem ser livres para celebrar qualquer contrato...
As coisas estão chegando ao extremo da conclusão de que a guilhotina faz um contrato com o pescoço, mas, infelizmente, é assim que pensam determinados parlamentares. É bom tomar cuidado.
Por Carlos Chagas
Mas é bom tomar cuidado, porque muitos absurdos poderão surgir em meio a propostas edificantes como votar a reforma tributária e a reforma política, regulamentar o direito de greve para os funcionários públicos e outras.
Tem gente preparando a chamada reforma trabalhista, mas às avessas. Em vez de programar fórmulas capazes de desonerar as empresas e, ao mesmo tempo, minorar as agruras dos assalariados, tem gente abrindo o saco de maldades. São aqueles deputados e senadores a serviço dos próprios interesses, quando se trata de empresários travestidos de legisladores, ou apenas os sabujos de sempre, prestadores de serviço a quantos financiaram suas eleições.
Pretendem, na reforma trabalhista, dividir em doze parcelas anuais o décimo-terceiro salário e as férias remuneradas. A alegação é tornar menos agudas as despesas com pessoal. O problema é que, aprovada essa alteração, em dois ou três anos desaparecerão as férias remuneradas e o décimo-terceiro salário.
Porque diante de um aparente aumento mensal, qual a empresa que aceitará acrescer novos reajustes aos seus empregados, mesmo os acordes com a inflação? A permanente perda do poder aquisitivo dos salários encarregar-se-á de mandar para a estratosfera esses dois direitos, erroneamente chamados de benefícios, só porque eles não existem na China e no Estados Unidos.
Querem, também, suprimir a indenização por demissão imotivada, com base no princípio de que o contrato é a lei das partes, não devendo o poder público intrometer-se nela. O patrão e o empregado devem ser livres para celebrar qualquer contrato...
As coisas estão chegando ao extremo da conclusão de que a guilhotina faz um contrato com o pescoço, mas, infelizmente, é assim que pensam determinados parlamentares. É bom tomar cuidado.
Por Carlos Chagas
Nenhum comentário:
Postar um comentário