19 de jan. de 2008

Navalhada na educação

O corte na veia será num dos piores setores do governo: a educação, mas nada se diz para reduzir os custos do aparelhamento do estado.
Ao comentar a dificuldade orçamentária do governo diante da perda da receita da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou que terá de negociar com ministros cortes até em programas sociais.
Em audiência concedida a 21 educadores que participam do 30º Congresso da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), ele chegou a fazer um relato dos problemas no setor. "É preciso investimentos, os professores ganham uma desgraça de salário e as escolas não têm infra-estrutura", disse o presidente, segundo participantes do encontro.
Lula comentou que pelo menos dois programas do Ministério da Educação devem ser atingidos pelos cortes no orçamento, o Médico na Escola e o Fonoaudiólogo na Escola. "Nós dissemos a ele que vamos defender o Ministério da Educação nesse processo de cortes", relatou em entrevista após a audiência a presidente da CNTE, Juçara Maria Dutra Vieira.
Embora tenha sinalizado cortes na educação, Lula disse que vai voltar a conversar com os líderes da base aliada para negociar a aprovação de um projeto que prevê piso de R$ 950 para professores do ensino médio que trabalham 40 horas por semana.
A sindicalista Juçara Maria Dutra Vieira disse temer que, num ano de eleição nos municípios, o tema educação não entre na agenda do Congresso. O presidente teria garantido que fará uma Medida Provisória (MP) para garantir o piso dos professores do ensino médio, caso os líderes da base aliada não consigam aprovar o projeto relativo ao assunto que está em tramitação na Câmara.

(*) Lula e Fernando Haddad, ministro da Educação

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