24 de jan. de 2008

O engodo do PAC

O sistema de classificação dos projetos, para começar, é um engodo. Inventaram selos verdes, amarelos e vermelhos para qualificar o andamento das obras, mas, aparentemente, não há critérios objetivos que acionem as cores desse semáforo. A distribuição dos selos corresponde, isso sim, às conveniências políticas do governo. Assim, num ano em que apenas 27% das verbas destinadas ao PAC foram efetivamente utilizadas, 82.
O problema é que, quando o andamento das obras é escrutinado, se verifica que o governo é mais eficiente em mascarar suas falhas do que em realizar obras.
O governo petista padece de notória incapacidade de transformar idéias em projetos executivos e obras. A lentidão das obras do PAC não pode ser atribuída à falta de recursos orçamentários. O dinheiro existe e está ocioso.
Mas não é isso o que a propaganda petista - e nisso o governo é eficiente - alardeia. Pelos números do balanço oficial, 97% (R$ 16,006 bilhões de um total de R$ 16,559 bilhões) das verbas destinadas ao PAC foram reservadas para obras específicas. À primeira vista, trata-se de execução orçamentária primorosa. Mas, bem vistas as coisas, constata-se que, do total reservado, foram desembolsados apenas R$ 4,536 bilhões, ou 27%. O resto foi jogado para o exercício de 2008 e só será efetivamente gasto se o governo demonstrar um pouco mais de capacidade gerencial.
A Federação do Comércio do Estado de São Paulo, faz ver que o Programa de Aceleração do Crescimento-PAC não passa de uma maquete de uma obra grandiosa.

Leia a matéria em O Estado de São Paulo.

Um comentário:

Anônimo disse...

Eu também concordo com a Federação do Comércio, a começar pela sigla PAC: Plano de Arregimentação de Companheiros!