Um Sangoma, ou seja, sábio feiticeiro africano joga búzios ou ossos para ver o futuro. Contudo toda a tribo sabe que mais do que a visão através dos búzios ele tem uma visão interior. Além disto goza de sua experiência de vida e da experiência de incontáveis Sangomas que vieram antes dele, preservada por via oral e memorizada durante seu treinamento. Ele é mais do que um feiticeiro, é uma das autoridades que fazem a comunidade funcionar.
Antes de tudo é um homem que vive com seu povo e compartilha com seu povo, conversa com seu povo e por que não dizer um indivíduo cujos agentes lhe informam do que está acontecendo com o povo.
Poderíamos dizer que o Sangoma emite opiniões com uma amálgama de misticismo, memória do passado e pesquisa.
Que pensar então de nosso mais recente sangoma brasileiro. Um professor que tal qual um “Medicine Man” Navajo antes de se tornar um feiticeiro se isola até ter uma visão.
No entanto o sangoma local não faz jejum nem vai para as montanhas para induzir visões. Isola-se em Harvard, Cambridge, Massachussetts e supomos que entre em transe olhando as árvores e ruas cobertas de neve e as chamas de sua lareira a gás.
E assim, no inverno nortista, no momento de revelação vê um inferno verde, caliente, úmido tomar conta de sua percepção. Vê rios e igarapés. Nos intervalos entre suas seções visionárias olha o mapa da Amazônia e vê que a distância entre a Amazônia e o Nordeste, que percebe árido e seco, no Atlas de seus filhos é pouca coisa, coisa de dez centímetros.
Volta a entrar em transe e tem seu movimento extracorpóreo. Paira acima do Trópico do Câncer e vê milhares de quilômetros serem percorridos por tubulões que levam água para o Nordeste.
Após longos dias recebendo sinais celestes quanto ao que deve fazer, nosso sangoma, modestamente faz uma peregrinação de volta ao Brasil, junta 35 membros de sua taba, e materializa na Amazônia.
“Senhores”; diz, “Senhores, eu e vocês vamos salvar o Nordeste. Vamos inundar o Nordeste”.
Estupefatos todos silenciam. Afinal é o Sangoma-místico-harvardiano. Sobre sua cabeça gira uma aura onde está escrito “Made in Harvard”. Harvard cara! Harvard!
Mas a hipnose passa. Perguntas são feitas. Quanto custa? Qual o pré-estudo de engenharia que foi feito? Com quais peritos em água conversou? . A Água realmente está faltando.
Tristemente a visão tida em Harvard não esclareceu nada disto. Sabem, a distância entre Harvard e Brasília tolheu a visão. O magnetismo da terra deve afetar isto. E depois, esse guru nunca entra em detalhes. Em todos os seus trabalhos ao longo dos muitos anos que é guru portador de doutorado tem jogado um monte de idéias em páginas impressas e não as desenvolve. Nem uma sequer. Seu negócio sempre foi publicar bastante, obter estabilidade na universidade. Promoção. Não entrevista peritos. Ele é o perito dos peritos. Harvard o diz!
Quanto ao mundo lá fora, onde pisamos em poças de água, somos picados por mosquito, ou ficamos as mãos fedorentas de peixe ou da troca das fraldas de nossos filhos?
Esse mundo normal ele deixa para os “Medicine Men” Navajo e os Sangomas de Zimbabwe e da África do Sul.
Que pensar então de nosso mais recente sangoma brasileiro. Um professor que tal qual um “Medicine Man” Navajo antes de se tornar um feiticeiro se isola até ter uma visão.
No entanto o sangoma local não faz jejum nem vai para as montanhas para induzir visões. Isola-se em Harvard, Cambridge, Massachussetts e supomos que entre em transe olhando as árvores e ruas cobertas de neve e as chamas de sua lareira a gás.
E assim, no inverno nortista, no momento de revelação vê um inferno verde, caliente, úmido tomar conta de sua percepção. Vê rios e igarapés. Nos intervalos entre suas seções visionárias olha o mapa da Amazônia e vê que a distância entre a Amazônia e o Nordeste, que percebe árido e seco, no Atlas de seus filhos é pouca coisa, coisa de dez centímetros.
Volta a entrar em transe e tem seu movimento extracorpóreo. Paira acima do Trópico do Câncer e vê milhares de quilômetros serem percorridos por tubulões que levam água para o Nordeste.
Após longos dias recebendo sinais celestes quanto ao que deve fazer, nosso sangoma, modestamente faz uma peregrinação de volta ao Brasil, junta 35 membros de sua taba, e materializa na Amazônia.
“Senhores”; diz, “Senhores, eu e vocês vamos salvar o Nordeste. Vamos inundar o Nordeste”.
Estupefatos todos silenciam. Afinal é o Sangoma-místico-harvardiano. Sobre sua cabeça gira uma aura onde está escrito “Made in Harvard”. Harvard cara! Harvard!
Mas a hipnose passa. Perguntas são feitas. Quanto custa? Qual o pré-estudo de engenharia que foi feito? Com quais peritos em água conversou? . A Água realmente está faltando.
Tristemente a visão tida em Harvard não esclareceu nada disto. Sabem, a distância entre Harvard e Brasília tolheu a visão. O magnetismo da terra deve afetar isto. E depois, esse guru nunca entra em detalhes. Em todos os seus trabalhos ao longo dos muitos anos que é guru portador de doutorado tem jogado um monte de idéias em páginas impressas e não as desenvolve. Nem uma sequer. Seu negócio sempre foi publicar bastante, obter estabilidade na universidade. Promoção. Não entrevista peritos. Ele é o perito dos peritos. Harvard o diz!
Quanto ao mundo lá fora, onde pisamos em poças de água, somos picados por mosquito, ou ficamos as mãos fedorentas de peixe ou da troca das fraldas de nossos filhos?
Esse mundo normal ele deixa para os “Medicine Men” Navajo e os Sangomas de Zimbabwe e da África do Sul.
Um comentário:
Depois de tudo isso dá para acreditar nas universidades americanas como sendo das melhores do mundo, principalmente Harvard?
Não tem jeito mesmo, onde brasileiro acampa tudo vira uma tremenda avacalhação.
Lula tá certo quando pleiteia uma vaga no Conselho de Segurança da ONU, seria uma maneira eficaz do Brasil dominar o mundo. Nossa arma é nossa infinita capacidade de avacalhar de que participamos.
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