Em dezembro de 2007, muitos analistas viam com desconfiança as promessas de Lula à oposição para que elas contribuíssem para a aprovação da Desvinculação das Receitas da União – DRU, entre os quais me incluo.
Nos primeiros dias de janeiro, o governo Lula aumentou as alíquotas de um imposto e de uma contribuição confirmando as desconfianças. No meu caso especifico, fui além, ao prever a tentativa de recriação da CPMF tão logo janeiro chegasse. Agora, como previ, o governo coloca na mesa a proposta, mas não quer a paternidade, como garante o líder do governo na Câmara, Henrique Fontana (PT-RS).
A proposta de recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) com alíquota menor, de 0,20%, e toda a arrecadação destinada para o financiamento da saúde pública, veio à baila numa reunião entre os ministros Paulo Bernardo (Planejamento) e José Múcio (Relações Institucionais). Os ministros negam em público apoio à iniciativa, mas no escurinho dos cinemas de Brasília colocam pilha na proposta.
Na maior cara de pau, o líder do Governo, Henrique Fontana, em entrevista ao Correio Braziliense, que passou despercebida da maioria do jornalismo impresso, diz que os ministros agem corretamente ao negar a proposta e que faria o mesmo. Quanta desfaçatez!
Fontana defende sem o menor pudor a manobra escusa, afirmando que a idéia agora é dissociar a proposta da volta da CPMF do governo, conferindo-a iniciativa da sociedade civil organizada, interessada em resolver os problemas da saúde pública.
O problema da jogada esperta do governo Lula é que no Senado as coisas continuam como dantes no quartel de Abrantes. Se o governo sonha em recriar a CPMF, vai precisar oferecer contrapartidas, como a desoneração de tributos, para dobrar os senadores da base aliada do governo que votaram contra a CPMF.
Consultados, todos revelaram que não estão dispostos a topar um novo imposto, mesmo que seja todo destinado à saúde, como defendem os ministros Paulo Bernardo (Planejamento) e José Múcio (Relações Institucionais) e os deputados governistas liderados por Henrique Fontana.
Pelo visto, essa será uma luta inglória para o governo, que está servindo apenas para expor ao país, que o lulismo perdeu totalmente a vergonha na cara.
Na maior cara de pau, o líder do Governo, Henrique Fontana, em entrevista ao Correio Braziliense, que passou despercebida da maioria do jornalismo impresso, diz que os ministros agem corretamente ao negar a proposta e que faria o mesmo. Quanta desfaçatez!
Fontana defende sem o menor pudor a manobra escusa, afirmando que a idéia agora é dissociar a proposta da volta da CPMF do governo, conferindo-a iniciativa da sociedade civil organizada, interessada em resolver os problemas da saúde pública.
O problema da jogada esperta do governo Lula é que no Senado as coisas continuam como dantes no quartel de Abrantes. Se o governo sonha em recriar a CPMF, vai precisar oferecer contrapartidas, como a desoneração de tributos, para dobrar os senadores da base aliada do governo que votaram contra a CPMF.
Consultados, todos revelaram que não estão dispostos a topar um novo imposto, mesmo que seja todo destinado à saúde, como defendem os ministros Paulo Bernardo (Planejamento) e José Múcio (Relações Institucionais) e os deputados governistas liderados por Henrique Fontana.
Pelo visto, essa será uma luta inglória para o governo, que está servindo apenas para expor ao país, que o lulismo perdeu totalmente a vergonha na cara.
Um comentário:
Alô, Adriana.
Bom o post do Chico Bruno. Ao ler o parágrafo final, ocorreu-me uma pergunta, que lhe faço:
Como seria possível alguém perder algo que nunca teve?
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