Foi-se a CPMF, para alívio de milhões de brasileiros e término de uma vergonha nacional.
Imposto criado há mais de uma década, por sugestão do então Ministro da Saúde, Dr. Adib Jatene, destinado exclusivamente para tentar melhorar as condições de saúde neste País, nunca tinha sido usado exclusivamente para isso. Para ser mais exato, cerca de metade do total arrecadado ia para finalidades bem diversas.
Resultado: a saúde, embora o Presidente da Silva tenha declarado que estava beirando a perfeição, continuou sendo um desastre, a demonstrar que o oftalmologista presidencial não servia para nada...
Mas, e enfim, a prorrogação da CPMF não foi aprovada pelo Senado, o que decretou sua extinção em 31/12/2007.
Às vésperas dessa data, o Sr. da Silva veio a público e declarou: Não existe razão para ninguém ficar nervoso, nenhuma razão para que ninguém faça uma loucura de aumentar a carga tributária. (Revista Veja, edição 2040, 26/12/2007, pág. 47).
Ao mesmo tempo, e conforme a mesma fonte, o simpático Ministro da Fazenda declarou que O governo está pensando nas medidas de ajustes a partir da nova realidade, sem a CPMF. São medidas de ajustes de despesas, mas vamos ter que mexer também em alguns tributos existentes que nos permitam arrecadação complementar.
Os prezados leitores se deram conta de que o Sr. Mantega disse exatamente o mesmo que disse o Sr. da Silva ?
Aparentemente, a resposta a essa pergunta é não, ninguém se deu conta.
Vejamos: em nosso idioma, vigora o mesmo princípio que se aplica à aritmética/matemática: duas negativas equivalem a uma positiva .
Então, quando o Sr. da Silva afirma que “Não existe razão para ninguém ficar nervoso”, está dizendo que sim, existe razão para alguém ficar nervoso.
No mesmo passo, ao afirmar que “(não existe) nenhuma razão para que ninguém faça uma loucura de aumentar a carga tributária”, está dizendo que sim, existe alguma razão para que alguém faça uma loucura de aumentar a carga tributária.
Ou seja, o desconhecimento que o Sr. da Silva tem da língua portuguesa (ou brasileira, como querem alguns) fez com que o Sr. da Silva dissesse exatamente o que disse o italiano Sr. Mantega.
E os aumentos de impostos aconteceram. O bisonho e ridículo Ministro Mantega agrediu-nos adicionalmente ao dizer, em tom jocoso mas erroneamente, que o Presidente teria afirmado que não haveria aumento em 2007, nada tendo falado sobre 2008. Tenho para mim que essas “gracinhas” do Ministro seriam motivo suficiente para que fosse exonerado do cargo; temos cômicos muito mais competentes do que o Sr. Mantega.
Esses episódios, ademais, revelam que a oposição ao governo do Sr. da Silva não aprendeu nada nesses cinco anos de mandato.
Era mais do que sabido que nenhuma de suas promessas feitas à oposição em assuntos de interesse da mesma foi cumprida, inclusive e principalmente a liberação de verbas.
Felizmente, no famoso dia de mais de 24 horas em que se debateu a prorrogação ou não da validade da CPMF, a oposição não acreditou em um documento assinado às pressas pelo próprio Sr. da Silva (só o Senador Simon acreditou...) e negou o pedido presidencial.
Mas como as coisas boas duram pouco, em seguida o Sr. da Silva fez uma nova promessa relativa à elevação de impostos, que levou a oposição a aprovar a famosa (e escandalosa) Desvinculação das Receitas da União (DRU), que permite ao Executivo utilizar, livremente, 20% das receitas orçamentárias para os fins que bem entender.
Promessa não cumprida, como de hábito, e a oposição dizendo que tinha sido traída. Ora, foi traída por sua própria memória, pois não é crível que não tivesse presente que nenhuma, repito, nenhuma das promessas do Executivo e, mais precisamente, do Sr. da Silva, aos parlamentares da oposição tinha sido cumprida até então.
Por que cumpriria essa?
Para terminar, abordo um assunto bem diferente: às vésperas de um possível apagão elétrico, verifico que um dos ministérios mais importantes do Brasil está acéfalo, sem um ministro efetivo, há muitos e muitos meses, desde a queda do Sr. Rondeau ! Será que o(a) Ministro(a) de fato é a Sra. Dilma Rousseff, sendo o Ministro em exercício oficial apenas uma sombra ? Nada tenho de particular contra o Senador Edson Lobão, que está sendo apontado como futuro ministro, exceto que penso já ter passado da idade e que não entende nada de energia.
Talvez até por esses dois fatores tenha sido indicado pelo indefectível Senador Sarney...
Ao mesmo tempo, e conforme a mesma fonte, o simpático Ministro da Fazenda declarou que O governo está pensando nas medidas de ajustes a partir da nova realidade, sem a CPMF. São medidas de ajustes de despesas, mas vamos ter que mexer também em alguns tributos existentes que nos permitam arrecadação complementar.
Os prezados leitores se deram conta de que o Sr. Mantega disse exatamente o mesmo que disse o Sr. da Silva ?
Aparentemente, a resposta a essa pergunta é não, ninguém se deu conta.
Vejamos: em nosso idioma, vigora o mesmo princípio que se aplica à aritmética/matemática: duas negativas equivalem a uma positiva .
Então, quando o Sr. da Silva afirma que “Não existe razão para ninguém ficar nervoso”, está dizendo que sim, existe razão para alguém ficar nervoso.
No mesmo passo, ao afirmar que “(não existe) nenhuma razão para que ninguém faça uma loucura de aumentar a carga tributária”, está dizendo que sim, existe alguma razão para que alguém faça uma loucura de aumentar a carga tributária.
Ou seja, o desconhecimento que o Sr. da Silva tem da língua portuguesa (ou brasileira, como querem alguns) fez com que o Sr. da Silva dissesse exatamente o que disse o italiano Sr. Mantega.
E os aumentos de impostos aconteceram. O bisonho e ridículo Ministro Mantega agrediu-nos adicionalmente ao dizer, em tom jocoso mas erroneamente, que o Presidente teria afirmado que não haveria aumento em 2007, nada tendo falado sobre 2008. Tenho para mim que essas “gracinhas” do Ministro seriam motivo suficiente para que fosse exonerado do cargo; temos cômicos muito mais competentes do que o Sr. Mantega.
Esses episódios, ademais, revelam que a oposição ao governo do Sr. da Silva não aprendeu nada nesses cinco anos de mandato.
Era mais do que sabido que nenhuma de suas promessas feitas à oposição em assuntos de interesse da mesma foi cumprida, inclusive e principalmente a liberação de verbas.
Felizmente, no famoso dia de mais de 24 horas em que se debateu a prorrogação ou não da validade da CPMF, a oposição não acreditou em um documento assinado às pressas pelo próprio Sr. da Silva (só o Senador Simon acreditou...) e negou o pedido presidencial.
Mas como as coisas boas duram pouco, em seguida o Sr. da Silva fez uma nova promessa relativa à elevação de impostos, que levou a oposição a aprovar a famosa (e escandalosa) Desvinculação das Receitas da União (DRU), que permite ao Executivo utilizar, livremente, 20% das receitas orçamentárias para os fins que bem entender.
Promessa não cumprida, como de hábito, e a oposição dizendo que tinha sido traída. Ora, foi traída por sua própria memória, pois não é crível que não tivesse presente que nenhuma, repito, nenhuma das promessas do Executivo e, mais precisamente, do Sr. da Silva, aos parlamentares da oposição tinha sido cumprida até então.
Por que cumpriria essa?
Para terminar, abordo um assunto bem diferente: às vésperas de um possível apagão elétrico, verifico que um dos ministérios mais importantes do Brasil está acéfalo, sem um ministro efetivo, há muitos e muitos meses, desde a queda do Sr. Rondeau ! Será que o(a) Ministro(a) de fato é a Sra. Dilma Rousseff, sendo o Ministro em exercício oficial apenas uma sombra ? Nada tenho de particular contra o Senador Edson Lobão, que está sendo apontado como futuro ministro, exceto que penso já ter passado da idade e que não entende nada de energia.
Talvez até por esses dois fatores tenha sido indicado pelo indefectível Senador Sarney...
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