29 de jan. de 2008

Ética pública e cartão corporativo

A Comissão de Ética Pública, vinculada ao Palácio do Planalto, pediu ontem à Controladoria-Geral da União (CGU) que investigue indícios de crime no uso do cartão de crédito corporativo pela ministra da Promoção da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro, em restaurantes e free shop, à véspera do Natal. Ela liderou no ano passado o uso de cartões do governo (leia abaixo), segundo revelou o Estado. Os cinco integrantes do grupo também voltaram a cobrar do presidente Luiz Inácio Lula da Silva - conforme já haviam solicitado - a demissão do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, que acumula a função com a presidência do PDT.
Após reunião que durou cerca de cinco horas, o presidente da comissão, Marcílio Marques Moreira, criticou Matilde, disse esperar que Lula tome uma decisão “ética” no caso Lupi e ainda advertiu o primeiro escalão do governo para que esteja atento às benesses oferecidas pelas empresas em camarotes montados para a festa do carnaval, tanto na Bahia quanto no Rio.
Marcílio afirmou que os cinco integrantes do colegiado - outras duas cadeiras estão vagas - decidiram enviar à CGU a denúncia contra Matilde por considerarem que as compras podem representar mais do que transgressão ética. O presidente da comissão avalia que “pode haver” indício de crime. “Pode vir a ser mais grave”, reforçou. A declaração irritou o Planalto.
Indagado se recomendaria a um funcionário público usar cartão corporativo em compras em free shop, ele respondeu: “Evidentemente que não, é claro que não.” Segundo Marcílio, a comissão espera que a CGU investigue o caso e diga se houve crime. Caso a resposta seja negativa, a questão voltará a ser tratada apenas pelo critério da ética. “Se a CGU entender que não há implicância legal, o assunto pode retornar à comissão”, explicou, insistindo em que “há uma zona cinzenta entre o que legal e o que é ético”.

Leia a matéria de Tânia Monteiro e Leonencio Nossa em O Estado de ao Paulo

2 comentários:

Anônimo disse...

Benedita da Silva, quando ministra e viajou à Argentina por motivos religiosos mas com verba do ministério, teve que ressarcir o erário. Será que vai acontecer o mesmo com Da. Ma?

Anônimo disse...

Conhece aquela música que diz assim:
Ma- til - de....
Ma- til - de....
Ma- til - de, só quer dinheiro
E um cartão para gastar!
Ê lá lá....

Este é o mode de governar petista.
Como o carequinha (Valerio) e Delubio tão fora da jogada, apelaram por outras maneiras de surrupiar dinheiro do contribuinte.