O governo gastou R$ 478 milhões com pagamento de diárias a funcionários públicos, assessores e ministros no ano passado. O valor corresponde a um acumulado, nos últimos quatro anos, de R$ 1,7 bilhão, de acordo com o Portal da Transparência, site oficial do próprio governo. Nesse período, o desembolso médio atingiu R$ 1,2 milhão por dia para financiar hotéis, alimentação e deslocamento urbano de seus funcionários e autoridades. O valor não inclui passagens aéreas.
Na lista dos 15 funcionários e assessores que mais diárias receberam nos últimos anos está a atual presidente da Embratur, Jeanine Pires, ex-diretora de Turismo e Negócios e Eventos da estatal, que em quatro anos recebeu R$ 328 mil. Computados até novembro, os dados serão atualizados nos próximos dias e já se sabe que os valores serão ainda maiores.
Técnicos em orçamento avaliam que essas despesas não sofreram aumentos significativos se comparadas a governos anteriores. Em relação a 2004, os gastos até agora computados no Portal da Transparência apontam um aumento de 24%. O governo atribui os gastos do ano passado ao excesso de eventos, como os Jogos Pan-Americanos e as operações de combate ao crime organizado.
A fiscalização desses gastos cabe à Controladoria-Geral da União, que atribui o grande volume das despesas em alguns ministérios, como o da Justiça (com aumento de 89%) e o do Planejamento (239% de crescimento das diárias), a eventos específicos. A Polícia Federal, órgão do Ministério da Justiça, viveu em 2007 um ano de grandes operações, como a Navalha e a Furacão, além de participar de maneira efetiva dos jogos Pan-Americanos, realizado no Rio de Janeiro. A PF saiu de R$ 15,2 milhões em 2006 para R$ 31,5 milhões no ano passado, dobrando despesas.
Além disso, para acompanhar o aumento dos preços dos hotéis durante a realização do Pan, o governo dobrou o valor das diárias pagas ao funcionário que viajasse a trabalho ao Rio de Janeiro entre julho e setembro do ano passado.
CENSO
No Planejamento, o censo agropecuário e o de cidades de médio porte executados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foram apontados como a principal causa dos aumentos de diárias - os supervisores do órgão viajaram pelo País para fiscalizar o trabalho. Somente em 2007, o IBGE gastou com os programas do censo a quantia de R$ 29 milhões. Detalhe importante: os recenseadores trabalham em seus próprios municípios e não recebem diárias.
Leia a matéria de Sônia Filgueiras e Expedito Filho em O Estado de São Paulo
Além disso, para acompanhar o aumento dos preços dos hotéis durante a realização do Pan, o governo dobrou o valor das diárias pagas ao funcionário que viajasse a trabalho ao Rio de Janeiro entre julho e setembro do ano passado.
CENSO
No Planejamento, o censo agropecuário e o de cidades de médio porte executados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foram apontados como a principal causa dos aumentos de diárias - os supervisores do órgão viajaram pelo País para fiscalizar o trabalho. Somente em 2007, o IBGE gastou com os programas do censo a quantia de R$ 29 milhões. Detalhe importante: os recenseadores trabalham em seus próprios municípios e não recebem diárias.
Leia a matéria de Sônia Filgueiras e Expedito Filho em O Estado de São Paulo
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