O Brasil superou em 2007 a casa de 420 mil presos em seus presídios, 150 mil deles em São Paulo, que concentra 35,7% da população carcerária do País.
Como o sistema só tem 262 mil vagas, o déficit chegou no final do ano a 158 mil vagas, recorde histórico, conforme balanço do setor divulgado ontem pelo ministro da Justiça, Tarso Genro. Ele anunciou um programa de investimentos para reverter esse quadro nos próximos cinco anos.
Na maior parte do País, o déficit dos presídios se estabilizou no seu nível mais elevado, após anos de crescimento. Mas em São Paulo, que ostenta a pior situação, a carência de vagas continuou crescendo e subiu mais 10% em 2007 em relação ao ano anterior, superando a marca de 50 mil vagas a menos em julho, data em que foi fechado a última estatística do Sistema de Informações Penitenciárias do governo federal (Infopen).
Conforme o balanço, a oferta de novos presídios não acompanhou o aumento da população carcerária no Estado. Mas Tarso ressalvou que esse crescimento se deve não necessariamente ao aumento da criminalidade, mas a vários fatores combinados, como o aumento da eficácia da polícia, a resposta mais ágil da Justiça e o maior grau de confiança da população. "A população denuncia mais quando percebe que a corrupção e os abusos policiais são combatidos", explicou.
Se a justiça brasileira começa-se a encarcerar os políticos corruptos o déficit seria estratosférico
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