Nada necessariamente ilícito, mas decerto ao arrepio da norma que restringe pagamentos e saques com cartão a situações emergenciais (como hospedagem e alimentação dos seus titulares em viagem, no exercício de sua função pública, por exemplo).
O decreto de janeiro de 2005 que regulamentou o uso dos cartões, criados em 2001 e distribuídos atualmente a 11.500 agentes públicos, fala ainda em aquisição de materiais, contratação de serviços de pronto pagamento e entrega imediata, compras de passagens aéreas e diárias.
Não surpreende que muitos dos seus portadores tenham interpretado com liberalidade excessiva o texto legal. Dados expostos no Portal da Transparência, da Controladoria-Geral da União (CGU), revelam que o cartão corporativo do segurança pessoal da filha de Lula, Lurian Cordeiro, residente em Florianópolis, serviu no ano passado para comprar autopeças, ferragens, combustível e munições - no valor aproximado de R$ 55 mil, ao todo. Já em São Bernardo do Campo, seguranças da família do presidente pagaram com o cartão do governo, em três anos, despesas as mais diversas, incluindo a montagem e o aparelhamento de uma academia privativa de ginástica. No total do período, foram R$ 149,2 mil. O Portal contém preciosidades. Um funcionário da área de recursos logísticos do Ministério das Comunicações assinou uma compra de R$ 1.400 numa loja do Distrito Federal que vende mesas de sinuca e de pingue-pongue. O gasto não é despropositado, considerando-se o que a loja vende. A sua razão de ser, um mistério. Assim como os R$ 499 deixados pelo Banco Central, via cartão, numa loja de calçados e bolsas.
Leia a matéria em O Estado de São Paulo
Não surpreende que muitos dos seus portadores tenham interpretado com liberalidade excessiva o texto legal. Dados expostos no Portal da Transparência, da Controladoria-Geral da União (CGU), revelam que o cartão corporativo do segurança pessoal da filha de Lula, Lurian Cordeiro, residente em Florianópolis, serviu no ano passado para comprar autopeças, ferragens, combustível e munições - no valor aproximado de R$ 55 mil, ao todo. Já em São Bernardo do Campo, seguranças da família do presidente pagaram com o cartão do governo, em três anos, despesas as mais diversas, incluindo a montagem e o aparelhamento de uma academia privativa de ginástica. No total do período, foram R$ 149,2 mil. O Portal contém preciosidades. Um funcionário da área de recursos logísticos do Ministério das Comunicações assinou uma compra de R$ 1.400 numa loja do Distrito Federal que vende mesas de sinuca e de pingue-pongue. O gasto não é despropositado, considerando-se o que a loja vende. A sua razão de ser, um mistério. Assim como os R$ 499 deixados pelo Banco Central, via cartão, numa loja de calçados e bolsas.
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