Por Josias de Souza
Pela terceira semana consecutiva, Lula trocou o ar-condicionado do Planalto pela poeira da estrada. Foi, dessa vez, à cidade de Dianópolis, no Estado do Tocantins. Ali, embora impedido de disputar a re-re-reeleição, o presidente portou-se como candidato. Por ora, é candidato apenas a fazer o seu sucessor.
Com pequenas variações, Lula segue o mesmo script. Transforma inaugurações convencionais em comícios. A platéia é providenciada pelo administrador local. Em seus discursos, Lula esforça-se para dar à queda-de-braço entre governo e oposição uma conotação de disputa entre ricos e pobres. O governo, obviamente, está do lado da bugrada. (assista lá no alto a um naco do discurso desta terça).
Em todas as suas últimas aparições, Lula vende a rejeição da CPMF como um boicote ao seu governo. "Nós tínhamos feito uma proposta do PAC da Saúde. O PAC da Saúde tinha R$ 24 bilhões a mais para a saúde. [...] Entretanto, eles derrotaram. Derrotaram porque: 'Bom, se a gente tirar R$ 40 bilhões este ano, R$ 40 bilhões em 2009 e R$ 40 bilhões em 2010, o Lula vai ter R$ 120 bilhões a menos, significa que o Lula não vai poder fazer nada e nós ganhamos as eleições, do Lula, em 2010'”
No dizer de Lula, a oposição “só pensa naquilo”. É verdade. Mas tampouco ele pensa em outra coisa.
Um comentário:
Alô, Giulio.
Que injustiça!
Ele não pensa só naquilo.
Também pensa na 'marvada', nos vôos a passeio, arranjar boquinhas para os amigos, churrasco torto, digo, no Torto, etc, etc...
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