11 de mar. de 2008

Feito na perna

A lei seca, feita de forma demagógica, sem planejamento ou respaldo técnico tinha tudo para dar errado e assim está acontecendo. O texto é de Carlos Chagas. (G.S.)

Errar é humano, burrice será persistir no erro. Pelo jeito, mesmo sem dar o braço a torcer, o governo pode estar a um passo de rever uma de suas maiores lambanças dos últimos anos. Anuncia-se a possibilidade de o presidente Lula retirar a medida provisória que proibiu a venda de bebidas alcoólicas nos estabelecimentos situados à margem das rodovias federais, como forma de prevenir acidentes e desastres causados por motoristas embriagados.
A razão é simples: estão à beira da falência quinhentos mil proprietários de bares, restaurantes, hotéis e similares estabelecidos nas margens dessas estradas. Calcule-se quantos empregados serão despedidos por impossibilidade de servir chopes, vinhos ou até bebidas mais fortes aos milhões de usuários que não são motoristas, nesses estabelecimentos espalhados por todo o território nacional.
Imagine-se um ônibus repleto de passageiros que estaciona num posto de parada, pelo interior a fora. Ou os moradores das cercanias, ávidos de um refrigério depois de um dia de trabalho. Serão proibidos de consumir bebidas, bem como os proprietários serão multados, se transgredirem a regra. Mas não estão dirigindo, nada têm a ver com as regras de trânsito...
Trata-se de um convite à quebra da lei, como forma de sobrevivência. Deveriam ser presos como idiotas os autores dessa medida provisória, quando muito mais fácil, para evitar acidentes, seria cassar a licença até a eternidade de quantos fossem flagrados dirigindo embriagados. Rapidamente os resultados apareceriam nas estatísticas de acidentes, sem essa prática medieval de quebrar o termômetro para acabar com a febre. Quem sabe o bom senso acabará prevalecendo sobre a burrice?

4 comentários:

ma gu disse...

Alô, Giulio.

Para que bom senso prevalecesse seria necessário que ele existisse.
Quem sabe ele aparece depois de 2010. E ainda há dúvidas...

Ralph J. Hofmann disse...

TEM TAMBÉM A CRISE NA INDÚSTRIA DO SALGADINHO. SEM CERVEJA PARA APLACAR A SSEDE A ELMA QUEBRA.

Anônimo disse...

Giulio,
O problema não é com a venda de bebidas alcoólicas nas estradas federais, mas sim na Capital Federal.

Ali a cana rola solta nos palácios e nas granjas esquerdas, direitas e tortas.

Anônimo disse...

Essas coisas de asno só podem vir de petralhas.
Já se esqueceram daquele ESTOJINHO DE PRIMEIROS SOCORROS, acessório inócuo, inútil que fomos obrigados a comprar, eu pelo menos comprei, embora algumas empresas tenham dado como brinde. O meu veio com material de primeiros socorros de péssima qualidade. Até hoje eu o tenho guardado como lembrança.
AQUILO FOI OBRA DE UM DEPUTADO PT, cujo nome não me lembro, só me lembro que era padre também.
POR ONDE ANDARÁ ESSA ANTA, ESSE ASNO?