Na entrevista que o Senador Arthur Virgílio concedeu à coluna na semana passada, ele citou como um dos fracassos de Lula o programa Bolsa-família, fracasso constatado através do crescente número de evasão escolar. Releia a entrevista aqui.
Adriana, O que se tem noticia por aqui em Pernambuco, é que os programas sociais (Bolsas-quaisquer), têm contribuido sim para a molecada jogar nas lan-house, que cada dia proliferam nos interiores. Cada vez mais pessoas estão deixando de trabalhar para viver dos programas sociais. Onde nós vamos parar? Quem irá sustentar isto por muito tempo? Eu sempre achei que politico nunca teve interesse em acabar com a sêca do Nordeste pelo motivo óbvio de se manter perpetuado um curral-eleitoreiro. A vaca está indo para o brejo: estamos no mesmo caminho com os "Bolsas-quaisquer" da vida.
Adriana, estava dando aula em Ilhabela até o ano passado e é assim mesmo. Aqui no Estado há uma grande contingente do pessoal da Bolsa. Você fala para as paredes, porque está todo mundo com MP3 no ouvido. Aula só tem quando eles querem, porque, apesar de tudo, são educados e nos tratam bem. Só os bandidos é que dão trabalho, mesmo, a turma da droga. Os outros não, são carentes, mesmo. Só que a evasão é muito grande. A visão esquerdopata contaminou tudo. A gente só tem que ensinar praticamente cidadania, mas com um conceito limitado de solidariedade e, a partir daí, desenvolver competências de leitura e escrita. É muito pouco. Sem base cultural, uma aluno não consegue ler um editorial. Dar essa base cultural que é o problema. O pior é que se faz política nas escolas. Merenda, material, tudo é motivo de auto-propaganda. O que a União e o Estado fazem na sua sanha assitencialista, os dirigentes locais usam em proveito próprio, manipulando informações como se eles fossem os autores das benesses aos pobres. E ai de quem abrir a boca. Hoje, com os celulares que tiram foto e gravam, às vezes você está passando alguma coisa na lousa (que é o único recurso - não meu, porque investi comprando um lap-top para tentar dar aulas de qualidade) e, quando vira, vê celulares tirando foto sua. Acho que é para controlar o que a gente faz. Não sei. Não posso afirmar. Mas que é esquisito é, né? Nas épocas em que tem que informar a freqüência do pessoal da Bolsa ou do Conselho Tuelar é uma correria. Porque evasão se torna responsabilidade da escola, assim como promoção. Há os índices oficiais e a escola não pode posar de ineficiente. Só que cultura, mesmo, não rola. Até rola, mas isso deve-se a projetos das equipes que fazem das tripas coração para ensinar as crianças e os jovens. Bem... se o próprio presidente despreza os bens culturais...
Prezada Adriana, A Rô e o Getúlio têem muita razão no que escreve. A minha experiência é em Universidades particulares. Já passei por cada uma e que muitos professores já relataram: Na universidade paulista, caça níqueis, em Brasília, um aluno quase me bateu quando o repreendi que ele era mal educado. O diretor me convocou para fazer acareação com ele e o coordenador. Pois bem, a certa hora, o dito diretor sentindo-se agredido, disse a ele: - Até agora nós estavamos lhe defendendo. Saia de minha sala. Eu disse ao diretor: - Enquanto vocês estiverem mantendo alunos desse tipo, um dia ele vai matar algum professor e vocês vão dizer que o professor estava errado. Como sou profissional, vou acabar o ano letivo e me retiro daqui definitivamente. Cumpri com minha responsabilidade.
Tive alunos da respeitável Universidade Católica de Brasília, que me diziam: Eu quero é o meu canudo.
Alunos escutando músicas em i-Pod, conversando com os demais, atravessando tablete de drogas (maconha) embrulhadas em jornal, é muito comum. Neste caso, perguntei: - O que é isto: Resposta: É da boa professor.
Este é o mundo que vivemos. Esta é a realidade que temos. Este é o Brasil que o apedeuta quer.
Ao morar aqui no Sul, ao dar aulas, vejo que as coisas estão da mesma forma. Lamentável.
3 comentários:
Adriana,
O que se tem noticia por aqui em Pernambuco, é que os programas sociais (Bolsas-quaisquer), têm contribuido sim para a molecada jogar nas lan-house, que cada dia proliferam nos interiores.
Cada vez mais pessoas estão deixando de trabalhar para viver dos programas sociais.
Onde nós vamos parar?
Quem irá sustentar isto por muito tempo?
Eu sempre achei que politico nunca teve interesse em acabar com a sêca do Nordeste pelo motivo óbvio de se manter perpetuado um curral-eleitoreiro.
A vaca está indo para o brejo: estamos no mesmo caminho com os "Bolsas-quaisquer" da vida.
Adriana, estava dando aula em Ilhabela até o ano passado e é assim mesmo. Aqui no Estado há uma grande contingente do pessoal da Bolsa. Você fala para as paredes, porque está todo mundo com MP3 no ouvido. Aula só tem quando eles querem, porque, apesar de tudo, são educados e nos tratam bem. Só os bandidos é que dão trabalho, mesmo, a turma da droga. Os outros não, são carentes, mesmo. Só que a evasão é muito grande. A visão esquerdopata contaminou tudo. A gente só tem que ensinar praticamente cidadania, mas com um conceito limitado de solidariedade e, a partir daí, desenvolver competências de leitura e escrita. É muito pouco. Sem base cultural, uma aluno não consegue ler um editorial. Dar essa base cultural que é o problema.
O pior é que se faz política nas escolas. Merenda, material, tudo é motivo de auto-propaganda. O que a União e o Estado fazem na sua sanha assitencialista, os dirigentes locais usam em proveito próprio, manipulando informações como se eles fossem os autores das benesses aos pobres. E ai de quem abrir a boca. Hoje, com os celulares que tiram foto e gravam, às vezes você está passando alguma coisa na lousa (que é o único recurso - não meu, porque investi comprando um lap-top para tentar dar aulas de qualidade) e, quando vira, vê celulares tirando foto sua. Acho que é para controlar o que a gente faz. Não sei. Não posso afirmar. Mas que é esquisito é, né?
Nas épocas em que tem que informar a freqüência do pessoal da Bolsa ou do Conselho Tuelar é uma correria. Porque evasão se torna responsabilidade da escola, assim como promoção. Há os índices oficiais e a escola não pode posar de ineficiente. Só que cultura, mesmo, não rola. Até rola, mas isso deve-se a projetos das equipes que fazem das tripas coração para ensinar as crianças e os jovens.
Bem... se o próprio presidente despreza os bens culturais...
Prezada Adriana,
A Rô e o Getúlio têem muita razão no que escreve.
A minha experiência é em Universidades particulares.
Já passei por cada uma e que muitos professores já relataram: Na universidade paulista, caça níqueis, em Brasília, um aluno quase me bateu quando o repreendi que ele era mal educado.
O diretor me convocou para fazer acareação com ele e o coordenador. Pois bem, a certa hora, o dito diretor sentindo-se agredido, disse a ele: - Até agora nós estavamos lhe defendendo. Saia de minha sala.
Eu disse ao diretor: - Enquanto vocês estiverem mantendo alunos desse tipo, um dia ele vai matar algum professor e vocês vão dizer que o professor estava errado. Como sou profissional, vou acabar o ano letivo e me retiro daqui definitivamente. Cumpri com minha responsabilidade.
Tive alunos da respeitável Universidade Católica de Brasília, que me diziam: Eu quero é o meu canudo.
Alunos escutando músicas em i-Pod, conversando com os demais, atravessando tablete de drogas (maconha) embrulhadas em jornal, é muito comum. Neste caso, perguntei: - O que é isto: Resposta: É da boa professor.
Este é o mundo que vivemos. Esta é a realidade que temos. Este é o Brasil que o apedeuta quer.
Ao morar aqui no Sul, ao dar aulas, vejo que as coisas estão da mesma forma. Lamentável.
Onde vamos parar? Socorro!!!!!!!!!!
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