7 de mar. de 2008

Hugo Chávez quer para ele a América do Sul

A última crise sul-americana mostra como o continente, apesar de avanços na sua governança econômica, ainda está contaminado por forças políticas anacrônicas, da época em que os países da região eram pejorativamente chamados de República das Bananas, governados por ditadores populistas e/ou militares burlescos que combatiam guerrilhas comunistas pouco sérias, todos muito bem esculhambados por Woody Allen em "Bananas" (1971).
As Farc (Forças Armadas Revolucionárias Colombianas) foram criadas em 1964 como braço armado do Partido Comunista, pregando melhor distribuição de renda e menor interferência estrangeira nos assuntos colombianos.
44 anos depois, elas seguem com as mesmas bandeiras retrolucionárias, embrenhadas pelas matas profundas da Colômbia e países vizinhos com suas barbas, uniformes e metralhadoras lembrando séculos e lutas passadas.
Mas seu combustível não é mais a ideologia mofada e decrépita do comunismo guerrilheiro, e sim o dinheiro do narcotráfico e da extorsão via seqüestros, sem mencionar as acusações de ajuda logística e financeira de governos vizinhos simpatizantes.
As Farc (Narc?) seqüestram, torturam e atacam populações civis além de cobrar sua gorda parte dos traficantes de coca. Que tenham apoio de parte da esquerda que se diz humanista é uma contradição chocante. Já o apoio explícito de Hugo Chávez, o petrocaudilho venezuelano, é coerente.

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