Para comemorar os 200 anos da Abertura dos Portos Brasileiros às Nações Amigas, o senado organizou um seminário com várias palestras de alguns entendidos no assunto. O consultor de logística da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Luiz Antonio Fayet, demonstrou com números os avanços e as potencialidades do Brasil na produção de commodities, mas ressaltou que para isso é preciso investir em infra-estrutura e salientou que o “setor privado está ávido por investir em infra-estrutura portuária para escoamento da produção”.
José di Bella, presidente da Autoridade Portuária do Porto de Santos (Codesp) revelou que a movimentação no porto de Santos teve a capacidade triplicada em três anos, em razão do arrendamento de terminais dos portos públicos para o setor privado. Já para o presidente do Conselho da Santos Brasil e da Multiterminais, Richard Klein, o Brasil ainda tem muito a avançar na operação privada de portos públicos. Para tanto, recomenda a licitação de novos arrendamentos de terminais e investimentos no programa de outorgas.
O ultimo a falar foi o velho conhecido deste blog, Luiz Antonio Pagot, diretor do Departamento de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit). Ele endossou tudo que os outros disseram e acrescentou que o país não pode deixar de contemplar a construção de eclusas que viabilizem o transporte hidroviário.
Pois muito bem! Luiz Pagot, era funcionário do grupo Amaggi até que virou secretário estadual de MT e diretor geral do Dnit, por indicação do governador de MT, Blairo Maggi. Os interesses do grupo empresarial de Blairo se entrelaçam com as finalidades do Dnit. Basta lembrar que o grupo Amaggi é um dos parceiros no Terminal de Granéis do Guarujá, que em um passado recente sofreu vários ataques dos então donos do pedaço, o antigo PL e seu complicado presidente Valdemar da Costa Neto, que comandava a Codesp, aliás, esta é sua base política. Hoje o PL virou PR, partido para o qual migraram Blairo, Pagot, o ministro dos transportes Alfredo Nascimento entre outros ligados ao setor.
O atual presidente da Codesp, José di Bella é ex-superintendente de Logística da Companhia Siderúrgica do Pará (Cosipar) e já atuou no projeto de exportação de minério de ferro para a Hermasa/MMX, uma parceria do Grupo Amaggi (Hermasa, empresa de navegação de Maggi, de onde o próprio Pagot já foi diretor) e Eike Batista (MMX).
Enquanto faz lobby e pressiona o governo a privatizar portos e investir em hidrovias, atual interesse do grupo empresarial do governador de MT, as estradas, que de fato lhe competem a administração, estão assim: (as fotos são todas de 2008)

6 comentários:
peguei no arquivo:
* Jonas Pinheiro (DEM- MT) - Apesar de jurar ao líder do DEM José AgripinoMaia (RN) que votará contra a CPMF, está sob pressão do governador de Mato Grosso, Blairo Maggi (PR), para que vote a favor. Maggi prometeu ajudá-lo a se reeleger em 2010. Comprometeu-se, inclusive, em pagar parte de despesas de sua campanha. É voto incerto para qualquer dos dois lados.
Email do senador: jonaspinheiro@senador.gov.br
* Jayme Campos (DEM-MT) - Também sob pressão de Maggi, voltou a repetir, hoje, em discurso no Senado que votará contra a CPMF.
Email do senador: jayme.campos@senador.gov.br
O nome do economista encontra resistências na oposição, que acusa Pagot de envolvimento em uma série de irregularidades fiscais. O nome de Pagot foi indicado este ano pelo PR (Partido da República) em meio à reforma ministerial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para administrar um dos maiores orçamentos do segundo escalão do governo.
Estou meio tcham, mas esse Pagot veio do de lá.
Marreta, ambos votaram contra a CPMF apesar de Blairo. Nos últimos tempos Jayme tem adotando uma postura mais independente de Maggi, nem atribuo isso a ideologia ou algo parecido, mas é que Jayme quer ser governador de MT em 2010 e Maggi ensaia lançar Pagot (ninguém merece!!!!).
Jonas foi o ‘inventor’ de Maggi político (talvez seja este o seu maior pecado de vida), mas tinha uma autoridade que lhe conferia tomar suas próprias decisões, era muito querido pelos agricultores do estado e fiel ao seu partido. Costumava dizer sempre que ele nunca tinha trocado de partido, de telefone, nem de mulher. Infelizmente faleceu no mês passado aos 64 anos.
Eu vi o homem qual um leão,de Judá, emplacando o Pagot.
Estou fora!
O único político que levaria meu voto seria Thomas Morus ou Voltaire...
Vc tá certo, aliás, semana passada Reinaldo Azevedo escreveu um texto chamado Que falta faz um Voltaire.
Alô, Adriana.
Será que é porque faturar em cima das estradas já está dando muito na vista?
Os outros negócios citados são mais disfarçados, né não?
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