10 de mar. de 2008

Tá tudo muito quieto

Tá tudo muito quieto Gary Cooper em filme de caubóis enquanto parece farejar índios

Por Ralph J. Hofmann

Vocês lembram o que acontecia depois do caubói dizer que estava tudo muito quieto. De não sei aonde uma flecha acertava e matava alguém do grupo.
Pois é isto que me preocupa. O governo se propõe, em um arroubo de hidrofobia, a não só voltar à década de cinqüenta como também voltar de uma forma ainda pior.
Refiro-me à proibição de despedir sem justa causa. Antigamente tinha os limite de 10 ou sei lá quantos anos (reduziram o limite várias vezes). O empresário não podia dar-se o luxo de continuar com empregados sob pena de no futuro não poder reagir a contingências de mercado.
Aí os governos militares acabaram com este abuso e criaram um substituto justo. O FGTS. Pena que os juros sobre estes valores sejam bons apenas para o governo.
Agora os parasitas da sociedade decidiram voltar com isto. Puro capital eleitoreiro. Pensam que no fundo é uma lei que não vai pegar. Só vai dar voto.
Mas como não vai pegar. Se alguma coisa funciona neste país é a arrecadação e fiscalização de obrigações trabalhistas.
Um amigo me pediu o que podia fazer com seus 15 funcionários se a nova lei fosse aprovada. Acho que só resta a ele pedir autofalência por não poder fazer frente ao Passivo Trabalhista e Potencial.
Não pode trocar de tecnologia, não pode reagir a uma queda de mercado.
Parece um país vizinho onde um conhecido tinha uma clínica com máquinas de hemodiálise. Seus honorários eram pagos pelas instituições de saúde pública que mandavam os doentes renais fazer seu tratamento semanal ou bimensal ali.
Um dia o governo parou de pagar. Quando a conta já estava na estratosfera ele reclamou, e foi informado de que o Ministério estava contingenciando os gastos.
Sem ter mais recursos ele voltou para sua clínica, e informou aos doentes de que, tendo esgotado suas reservas, na empresa e pessoais estava fechando e não mais atenderia.
A semana seguinte foi preso e enfrenta agora processo por “omissão de socorro”.
Assim suponho será o que ocorrerá com o empresário que não tiver mais recursos, negócios e crédito. Vai preso.
E o que acontecerá com os empresários que possuem dezenas de milhares de empregados? Por que estão tão quietos?
Tá tudo muito quieto. Daqui a pouco alguém leva uma flechada.

7 comentários:

ma gu disse...

Alô, Ralph.

Apenas mais passo de um governo totalitário, se não formalmente, na prática por puro acerto financeiro.
E a flecha a que você se refere vai acertar bem na bunda...

Anônimo disse...

Caro Ralph. Está quieto não só nisso. E não só os empresários. Pela CPI ds Ongs dá para ver porque a intelectualidade é esquerdopata. Parece-me que os rabos estão muito presos. Vimos também os jornalistas. Provavelmente aquele empresário que teria poder de voz já está comprometido com os PACs da vida, com as licitções da vida, com as concessões ou outros esquemas...

Anônimo disse...

Carregar cruz é para judeu pobre, e para cada patrão falido muitos perdem o emprego.
Assim sendo alguém quer ganhar com as regras do jogo.
O velho pai Abraão apresentou Sara como sua irmã para arrancar algum.

Ralph J. Hofmann disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Ralph J. Hofmann disse...

Marreta

Não sei se estás sendo anti-semita ou o que. Para mim estes teus comentários foram incompreensíveis.

Anônimo disse...

Ralph, esse akinogal é o27° leitor...ih!ih!ih!

Ralph J. Hofmann disse...



Meu anti-virus acusou algocomo uma tentativa de invasão quando cliquei no "here".
Avisei a Adriana e ela removeu.
"O preço da iberdade é a eterna vigilância."