28 de mar. de 2008

Um prédio adandonado em um Rio abandonado

A TV faliu, mas o ‘Aedes’ dá show
Duilo Victor no Jornal do Brasil

Na capital da epidemia da dengue, territórios livres para a proliferação do mosquito causam pânico a moradores que, apesar de tomarem todo o cuidado com água acumulada, são contaminados pelo Aedes da vizinhança.
Os ambientes mais amigáveis ao mosquito são cemitérios e imóveis em condições precárias, como um prédio da massa falida da antiga Rede Manchete, na Rua Frei Caneca (Zona Norte) invadido por 40 famílias e tomado por lixo e ratos. É o famoso edifício-dengue, onde é impossível saber a quantidade de pessoas que contraíram a doença.
O edifício abriga poças do tamanho de piscinas em que é possível ver larvas eclodirem e criarem o efeito de uma gota no espelho d’água. Ao lado, na Escola Vitória, que educa crianças do maternal ao vestibular, já houve nove casos de dengue entre alunos. Todos os contaminados são do turno da manhã, horário em que o Aedes aegypti costuma atacar. A diretora, Maria Luiza Bertrand, informa que agentes da prefeitura vistoriaram toda a escola e não encontraram um foco sequer. Mas é obrigada a passar repelente em alunos que esqueceram da recomendação feita aos pais.
– Na semana passada, usamos nossos funcionários para fazer uma limpeza voluntária nas lajes do prédio ocupado, mas de nada adiantou – conta a diretora, que tem medo de contrair a forma mortal da dengue, pois já foi infectada na epidemia de 2002. – Até os agentes da prefeitura têm medo de chegar no prédio.
Há pelo menos quatro anos, a Manchete, como o prédio foi apelidado, está ocupada. Todo o tipo de lixo é jogado do alto dos cômodos, desde fraldas descartáveis usadas até garrafas pet com urina.

Um comentário:

Unknown disse...

Enquanto isso.... o prefeito vai à Bahia participar de festinha de aniversario de partido.
como diz a Adriana^:
ô raça!!!!!!