8 de mar. de 2008

Uma camorra

Por Ralph J. Hofmann

Na questão da morte de Raul Reyes, mesmo aprovando a morte deste indivíduo, durante algum tempo fiquei um pouco irritado com Uribe por ter exposto seu país aos dissabores que vimos de um qüiproquó diplomático perigoso ao violar a fronteira do Equador.
Hoje Uribe falou racionalmente. Disse que qualquer aviso ou pedido seria igual a abrir mão de uma vantagem estratégica sem receber nada em troca pois Correia teria certamente protelado tudo com conversa mole, avisado Reyes e também Chavez.
Na realidade apenas deixou claro que Chavez e Correia são parceiros de Marulanda. Se não há um estado de guerra, há de fato um estado de beligerância entre Equador e Venezuela. E a Colômbia.
Em última instância os dois países estão em guerra com qualquer país que esteja sofrendo perdas humanas e materiais com a venda de drogas.
Estão em guerra com o Brasil, e as autoridades brasileiras são cúmplices disto ao abrigar um representante das FARC e abrigar um Forum de São Paulo em que este e outros representantes do narcotráfico são ouvidos respeitosamente por “socialistas”de meia pataca.
Reconsiderando acho que Uribe fez bem em não dar atenção a firulas da convivência diplomática.
Ao apoiar uma organização que entre outras barbaridades mantém setecentos reféns oriundos de famílias de baixa renda, apenas para extorquir um pagamento mensal para mantê-los vivos passam a ser cúmplices de crimes comuns. A história destes reféns sem significado político desmascara a organização. São exatamente iguais aos que raptam meninas para prostituí-las ou aos bandidos violentos que vendem “proteção” a pequenos quitandeiros. Uma camorra.
Portanto, com todo o respeito aos povos da Venezuela e do Equador, dignos de comiseração por terem os governos que tem, acho que ao contrário de prometer não mais invadir territórios de fronteira, os Colombianos deveriam prometer que nas suas investidas tentarão evitar atingir civis.
Pois não se deve pegar mole com bandido.
E se o Brasil não quiser um dia ser acusado abertamente de cumplicidade, deve guarnecer bem suas fronteiras amazônicas com a melhor tecnologia do mundo, com tropas bem treinadas e rechaçar quaisquer guerrilheiros que aqui venham esconder-se e tirar suas férias.
Um primeiro passo seria enviar certos conselheiros do cefalópode para a Colômbia com passagem apenas de ida e com confisco de seus passaportes diplomáticos.
Se gostam tanto da narcoguerrilha que se juntem a eles e corram os riscos de comer chumbo.

5 comentários:

Anônimo disse...

sobre uribe:


http://www.newsweek.com/id/54793


humberto sisley

Anônimo disse...

Ralph, ontem digitei algo sobre o pega para capar das Farcs, não consegui enviar e perdi(digito direto).Era sobre a visita da Condoleezza ao Brasil, para estimular o Lula a assumir a liderança na América Latina, na intenção de anular o belicista incendiário do Chaves, que esta transformando a região em um barril de pólvora.
Não sei a que ponto isto influiu no ânimo do venezuelano que agora começa a exortar que as Farcs deponham as armas e se transformem num partido político.
A maquina de jogar xadrez começa a mover as pedras.
Ralph gostaria de sua opinião sobre a xenofobia espanhola em relação os brasileiros.

ma gu disse...

Alô, Ralph.

Apesar do marreta ter pedido sua opinião, como sou enxerido, vou pedir licença para dar a minha.
A xenofobia espanhola não é bem assim. Deram um pouco mais de poder a alguns, que começaram a se julgar guardiães da CE, retendo até passageiros em trânsito para outros lugares. Prova é que no dia seguinte ao uso da 'reciprocidade', a coisa já começou a amainar.
Quanto a enviar certos 'conselheiros' para a Colômbia, isso seria uma sacanagem tão grande quanto a que Portugal fez com o Brasil, quando esvaziou suas prisões, enviando-os para cá. Acho que a Colômbia, com todos os seus problemas, correria o risco de certos conselheiros brasileiros substituirem o Reyes e o Marulanda.

Ralph J. Hofmann disse...

Quanto aos conselheiros acho que largando de helicóptero num lugar ermo eles não sobrevivem 24 horas. É tudo uma questão de "how to do".
Um recadinho ao Uribe dando as coordenadas também serve.
Nos livros de história constaria: "DEsapareceram misteriosamente na floresta amazônica quando procuravam ervas halucinógenas."

Ralph J. Hofmann disse...

Quanto aos espanhóis.
Lembrem-se que quando há uma repressão em país de origem espanhola corre sempre mais sangue.
Argentina: 30.000 desaparecidos
Chile: 3.000 desaparecoidos
Brasil (muito maior população) 2.500 desaparecidos
Pensem em Goya. Pensem na guerra civil. Êta povinho vampiro.
Decidiram que porque muitas "bailarinas e bailarinos" brasileiros estão no seu mercado têm licença de caça para todos.
Na verdade as sanções brasileiras deveriam incluir a exigência da ressarcimento das pessoas com passagens, danos morais, maus tratos e até puniçõe como o pessoal que perdeu a o[portunidade de apresentar trabalhos em universidades e fazer curso por ser recambiada ao Brasil.
E o primeiro passo seria congelar fiundos que cobrissem isto nas empresas espanholas no Brasil.
Isto levaria as emporesas a se tornarem um lobby brasileiro.

Vou tentar expandir isto num artigo.