
Ano após ano, o MST vira o país de ponta-cabeça no mês de abril. Os números e as informações impressionam. Invadem-se prédios públicos e instalações privadas.
Ocupam-se até pedágios, tão distanciados do interesse agrário quanto a Lua da terra.
Diz-se que o abril é “vermelho.” Uma cor bem apropriada. Serve para tingir, por exemplo, o prejuízo de US$ 20 milhões que a paralisação da ferrovia de Carajás injetou no balanço da Cia. Vale do Rio Doce.
Simboliza também a cor do rosto do contribuinte brasileiro, enrubescido de raiva quando submetido à evidência de que a conta da balbúrdia é espetada na bolsa da Viúva, generosa nos repasses de verbas ao movimento. Só não ficam vermelhas as “autoridades” públicas. Essas preferem o amarelão da inércia.
Tome-se, por eloqüente, o caso do ministro Guilherme Cassel (Desenvolvimento Agrário). Diante de uma provocação-companheira de João Pedro Stedile, o mandachuva do MST –o governo Lula precisa “criar vergonha na cara” e honrar os compromissos com os sem-terra—o ministro como que passou a mão na cabeça do ofensor.
Para Cassel, o MST é respeitável. Responde à provação de Stedile com uma candura inaudita: "Tenho certeza que a gente vem avançando muito em reforma agrária. Aposto na continuidade do trabalho." Trabalho? Nome demasiado pomposo para a tarefa de enxugar gelo. A fuzarca, diz o MST, vai continuar.
Num ambiente assim, de tamanha complacência, soa despropositada a tentativa de reprimenda de Lula no general Augusto Heleno Ribeiro Pereira, que se animou a criticar a política indigenista do governo. Política, aliás, altamente criticável. É compreensível que o presidente queira preservar a hierarquia das Forças Armadas. Mas como convencer os uniformes a permanecerem calados diante da algaravia irreprimida?
Para Cassel, o MST é respeitável. Responde à provação de Stedile com uma candura inaudita: "Tenho certeza que a gente vem avançando muito em reforma agrária. Aposto na continuidade do trabalho." Trabalho? Nome demasiado pomposo para a tarefa de enxugar gelo. A fuzarca, diz o MST, vai continuar.
Num ambiente assim, de tamanha complacência, soa despropositada a tentativa de reprimenda de Lula no general Augusto Heleno Ribeiro Pereira, que se animou a criticar a política indigenista do governo. Política, aliás, altamente criticável. É compreensível que o presidente queira preservar a hierarquia das Forças Armadas. Mas como convencer os uniformes a permanecerem calados diante da algaravia irreprimida?
Um comentário:
Uma bandalheira só!
Ammqard
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