A irresponsabilidade do Planalto na distribuição, uso e fiscalização dos cartões corporativos na esfera do Executivo dificilmente poderia ficar mais patente do que nos números do levantamento da Controladoria-Geral da União (CGU), com base nos dados do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi), divulgados ontem por este jornal. As novas informações compiladas indicam que o volume de saques em dinheiro com os cartões - a modalidade de seu emprego mais propícia a abusos e fraudes - caiu 64% de março do ano passado para março último.
Em valores absolutos, a diferença é especialmente eloqüente: de R$ 2,163 milhões para R$ 786,676 mil. Graças a isso, sempre na comparação mês a mês, o total de dispêndios do gênero (com saques e faturamento nos cartões) diminuiu 41% - de pouco mais de R$ 3 milhões para pouco mais de R$ 1,8 milhão.
A causa imediata da melhora foi a decisão do governo, tomada em 31 de janeiro, limitando aqueles saques a casos excepcionais, proibindo a utilização dos cartões para pagamento de aluguel de veículos e extinguindo as contas bancárias tipo B, anteriores à adoção do meio eletrônico para a cobertura de despesas. Ora, como se sabe, o governo não agiu por iniciativa própria. Foi preciso que a imprensa, debulhando os dados expostos no Portal da Transparência do site da CGU, apurasse que o mecanismo se prestava a abusos e irregularidades de todos os tamanhos e tipos. Desde a nonada da tapioca de R$ 8 do ministro dos Esportes, Orlando Silva, à incrível desenvoltura com que a então ministra da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro, se valia do dinheiro de plástico - R$ 171,5 mil em 12 meses, já incluídos os R$ 461,16 para compras num duty-free shop (ela alega que teria se enganado de cartão). (leia mais em O Estado de São Paulo)
Em valores absolutos, a diferença é especialmente eloqüente: de R$ 2,163 milhões para R$ 786,676 mil. Graças a isso, sempre na comparação mês a mês, o total de dispêndios do gênero (com saques e faturamento nos cartões) diminuiu 41% - de pouco mais de R$ 3 milhões para pouco mais de R$ 1,8 milhão.A causa imediata da melhora foi a decisão do governo, tomada em 31 de janeiro, limitando aqueles saques a casos excepcionais, proibindo a utilização dos cartões para pagamento de aluguel de veículos e extinguindo as contas bancárias tipo B, anteriores à adoção do meio eletrônico para a cobertura de despesas. Ora, como se sabe, o governo não agiu por iniciativa própria. Foi preciso que a imprensa, debulhando os dados expostos no Portal da Transparência do site da CGU, apurasse que o mecanismo se prestava a abusos e irregularidades de todos os tamanhos e tipos. Desde a nonada da tapioca de R$ 8 do ministro dos Esportes, Orlando Silva, à incrível desenvoltura com que a então ministra da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro, se valia do dinheiro de plástico - R$ 171,5 mil em 12 meses, já incluídos os R$ 461,16 para compras num duty-free shop (ela alega que teria se enganado de cartão). (leia mais em O Estado de São Paulo)
2 comentários:
Preciso ir primeiro a uma Igreja de São Tomé (não sei se existe uma) para me curar da incredulidade. Eles não estão gastando no cartão, mas imaginação fértil eles têm. Já devem ter inventado uma nova modalidade de esquema para financiar suas mordomias e pequenos desejinhos de última hora. Brevemente saberemos.
Sobra a IMPUNIDADE.
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