Como assim?

Por Fabiana Sanmartini

Como assim hasteou a bandeira do BOPE na lage da casa de uma moradora? Como assim “enquanto durar a ocupação”? Como assim gritando “caveira” durante o hasteamento? COMO ASSIM?
Perdeu-se a noção de Estado, nação, país, ou os moradores saíram da cruz para cair na caldeirinha? O pelotão não trabalha para o Estado? Se realmente é imprescindível o hasteamento de alguma bandeira, que esta fosse a do estado. Sim porque essa não deveria ser uma guerra de facções, onde quem ficou na “área” toma posse da comunidade e é senhor da vida dos moradores. Como fica a situação da moradora? Sim, porque só o Batalhão de Operações Especias não conhece a palavra REPRESÀLIA. Á moradora que não quis se identificar os meninos mimados do BOPE vão dar uma casa nova, bem longe da Vila Cruzeiro quando acabarem com a brincadeira de pirata? Ou eles pretendem manter um posto permanente de incorruptíveis, coisa que nós não ainda não vimos no Rio? Valeu, a comunidade está livre, por hora, mas, a vida aqui é real, o sangue não é cenográfico e em Vila Cruzeiro moram pessoas de verdade. Quem vai garantir a integridade quando acabar o exibicionismo? Cabe ao governo e a suas secretárias o poder sobre o perímetro onde deveriam manter a integridade, a saúde, a educação e a segurança dos moradores.
Manter a ordem não é brincadeira é obrigação!

(*) Foto: bandeira do BOPE hasteada.