17 de abr. de 2008

Lula tem medo de divulgar suas contas

"A desconfiança de maracutaias saídas de dentro do gabinete presidencial, beneficiando sua família e sua “entourage” já era bem grande antes do papouco do dossiê, agora com essa resistência do grupo em divulgar seus gastos, usando o infantil argumento de segurança nacional, tira qualquer dúvida sobre a apropriação indébita por parte deles, do dinheiro público valendo-se do Cartão Corporativo. Ricardo Noblat, muito oportunamente pergunta: 'O que ele tanto tenta esconder'? " (G.S.)

O governo e seus aliados no Congresso acusam a oposição de pretender ter acesso às despesas realizadas pelo gabinete da presidência da República no período Lula com o objetivo de descobrir ali eventuais irregularidades - e, uma vez de posse delas, denunciá-las.
Bem, que mal haveria nisso? É tarefa da oposição fiscalizar o governo. É obrigação dela denunciar eventuais erros cometidos pelo governo. O distinto público agradece.
Sem maioria na CPI do Cartão Corporativo para conseguir o que quer, a oposição requereu o acesso às despesas reaizadas pelo gabinete da presidência da República no período Lula, mas também no período Fernando Henrique Cardoso.
Que tal? Não lhe parece justo? A oposição examinaria as contas do período Lula. E a turma do governo as contas do período passado.
O requerimento foi rejeitado pela esmagadora maioria de votos que o governo dispõe na CPI.
De que tanto medo tem o governo? O que ele tanto tenta esconder?
Se o governo inglês divulga até o preço de uma carruagem alugada para transportar um dos membros da família real por que aqui não podemos saber quanto nos custa manter o presidente da República, sua família e seu gabinete?

2 comentários:

Anônimo disse...

Ouvi, há muitos anos, um comentário interessante, atualíssimo no Brasil "socialista":

- Não adianta mudar o "porco gordo", que continua comendo relativamente pouco.
Se colocar o "porco magro", ele vai comer sem parar, sem olhar para os lados, sem limites e sem critérios!

ma gu disse...

Alô, Celso.

É por aí. A primeira prova que tivemos disso foi quando a ARENA começou a perder postos para o MDB, a partir de 1974. A fome era muita. Em 1979, a Arena vira PDS e o Mdb passa a PMDB.
A segunda parte vem quando o glorioso partido começou a ganhar postos nos executivos. Quem sempre esteve olhando de fora viu perfeitamente.

A frase era de meu avô, e aplicada fisicamente na fazenda, há muitos anos atrás. Eu a tenho repetido, aplicando-a à política por similaridade.

Não se põe porco magro na pocilga. Ele sempre vai comer mais que os outros.