28 de abr. de 2008

A farsa do MST no Pontal do Paranapanema

Barracos vazios e em ruínas são marcas do abandono; só no dia de cestas básicas há movimento na região.

Pontal do Paranapanema tem acampamentos fantasmas do MST
Por José Maria Tomazela, em O Estado de São Paulo.

O único sinal da presença humana no Acampamento Sul Mineira, em Presidente Epitácio, no Pontal do Paranapanema, é um canteiro recém-plantado com batata doce. Os 18 barracos, na margem direita da SPV-035, que liga a cidade a Teodoro Sampaio, estão fechados, alguns com cadeado na porta, outros com marcas evidentes de abandono. Na última quinta-feira, havia água em duas torneiras abastecidas por tambores plásticos e algumas galinhas que ciscavam o solo seco, famintas.
No cadastro do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra, usado inclusive para a distribuição mensal de cestas básicas, o Sul Mineira tem 36 famílias acampadas. Fora do papel, é um acampamento fantasma, como dezenas de outros espalhados pela região que mais recebe investimentos da reforma agrária no Estado.
O coordenador regional do Movimento dos Sem-Terra (MST), Valmir Rodrigues Chaves, reconhece que está perdendo acampados. Ele atribui a redução ao desestímulo com a reforma agrária que não anda e à dificuldade de mobilizar um pessoal que, na periferia das cidades, é atendido pelas bolsas e outras benesses do governo.

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