Por Laurence Bittencourt LeiteNosso presidente em mais uma de suas declarações típicas, em sua viagem a Holanda, semana passada, didaticamente tentou explicar a globalização (quem diria! Mas, a natureza muda), como também a causa do aumento dos preços dos alimentos, o que vem afetando sobremaneira os países ditos pobres.
Mas Lula não compreendeu bem a relação entre uma coisa e outra, e além de fazer gracinha, tentou tirar de letra, como se diz e inverteu uma realidade. Segundo o supremo mandatário, a causa dos preços dos alimentos terem subidos ou estarem subindo no mundo, se deve “a que os pobres da China, Índia e do Nordeste brasileiro (pelos critérios usados pelo nosso presidente, no sul e no sudeste não tem mais ninguém passando fome) estão comendo mais”. O aumento no consumo gerou ao aumento de preços. Nem Adam Smith (ilustração) iria tão longe para defender uma regra básica do chamado mercado livre.
Mas tirando todo o viés populista (nenhum Lulista se arrisca a chamá-lo de populista), o que podemos deduzir da frase, nas entrelinhas (ops!) é que Lula defendeu o capitalismo e a democracia, uma vez que são os dois que, segundo suas palavras, estão conseguindo tirar milhões da pobreza ou, segundo ele, do mundo da fome. Explicações? Claro: na China, sabemos, ainda não há democracia política ou abertura política, mas na economia sim. O Estado socialista ou nacionalista chinês, como queira, mais uma vez mostrou-se rigorosamente incompetente para fazer algo, o que inclui principalmente produzir alimentos. Por falar nisso, durante o inicio da revolução comandada por Lênin e Trotsky em 1917 na velha União Soviética, quando Lênin percebeu que não havia condições do Estado produzir alimentos em quantidade suficiente para o povo pobre, liberou os Kulaks, pequenos proprietários rurais a plantarem no sentido capitalista, e depois venderem para o Estado. Pensem. O próprio Bukarin, que era economista, soltou a frase famosa, “deixa-os enriquecer”. Depois, veio a morte de Lênin com a chegada ao poder de Stalin e a partir de 1928 com a paranóia já instalada, o massacre dos Kulaks, e ai todos já sabem o que ocorreu: miséria, morte, perseguição, censura e atraso, atraso e atraso. Resumindo: falência do comunismo.
Mas voltemos a Lula e sua dedução de que o aumento nos preços dos alimentos se deve a que a procura está sendo maior que a demanda. Ou seja, de que há mais consumo do que alimentos produzidos. A verdade não é bem essa, mas a crise sim, essa é real. Tanto é real que presidente do Bird, Robert Zoellick, descrevendo essa alta dos preços agrícolas no sentido global, disse corretamente, “em apenas dois meses, os preços do arroz chegaram perto de recordes, subindo cerca de 75% globalmente e até mais em alguns mercados”. Só para se ter uma idéia, em Bangladesh, um pacote de dois quilos de arroz passou a consumir quase metade dos ganhos diários de uma família pobre. Ou seja, uma explicação bastante diferente da de Lula. Bom, mas Lula é Lula, e o que se há de fazer?
Diante da crise, e sem fazer gracinhas, o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, sugeriu numa carta a seu colega japonês, Yasuo Fukuda, que o Grupo dos 8 países mais ricos, recomende às Nações Unidas, ao FMI e ao Bird adotarem uma estratégia global para combater essa crise. Ou seja, mais uma vez, são os países ricos que são chamados a solucionar o problema.
Mas as regiões ou países que mais estão sentindo a escassez de alimentos são os paises mais pobres da África, por exemplo. Tanto que os mantimentos prestados pelas Nações Unidas, diminuíram, aumentando o volume de pobreza e fome, em especial nos países envoltos em guerras tribais. Nesse sentido, o aumento do consumo, segundo o nosso presidente, ao contrário do que ele disse, estaria levando muitos pobres a morrerem a mingua. Lula apenas quis fazer média, mas riu da miséria dos outros e pior, segundo ele, colocando a culpa no consumo do nosso país, por exemplo. Mas os lulistas jamais admitem populismo no companheiro. Enquanto isso, diante da crise com as enchentes aqui no Nordeste, onde milhares estão passando necessidades, o que implica fome, e muitos outros sem emprego, o governo federal não libera as verbas imediatas exigindo burocracia. Engraçado: se fosse para compra de votos, a burocracia não seria o menor problema. É a fome do nosso populista.
Mas voltemos a Lula e sua dedução de que o aumento nos preços dos alimentos se deve a que a procura está sendo maior que a demanda. Ou seja, de que há mais consumo do que alimentos produzidos. A verdade não é bem essa, mas a crise sim, essa é real. Tanto é real que presidente do Bird, Robert Zoellick, descrevendo essa alta dos preços agrícolas no sentido global, disse corretamente, “em apenas dois meses, os preços do arroz chegaram perto de recordes, subindo cerca de 75% globalmente e até mais em alguns mercados”. Só para se ter uma idéia, em Bangladesh, um pacote de dois quilos de arroz passou a consumir quase metade dos ganhos diários de uma família pobre. Ou seja, uma explicação bastante diferente da de Lula. Bom, mas Lula é Lula, e o que se há de fazer?
Diante da crise, e sem fazer gracinhas, o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, sugeriu numa carta a seu colega japonês, Yasuo Fukuda, que o Grupo dos 8 países mais ricos, recomende às Nações Unidas, ao FMI e ao Bird adotarem uma estratégia global para combater essa crise. Ou seja, mais uma vez, são os países ricos que são chamados a solucionar o problema.
Mas as regiões ou países que mais estão sentindo a escassez de alimentos são os paises mais pobres da África, por exemplo. Tanto que os mantimentos prestados pelas Nações Unidas, diminuíram, aumentando o volume de pobreza e fome, em especial nos países envoltos em guerras tribais. Nesse sentido, o aumento do consumo, segundo o nosso presidente, ao contrário do que ele disse, estaria levando muitos pobres a morrerem a mingua. Lula apenas quis fazer média, mas riu da miséria dos outros e pior, segundo ele, colocando a culpa no consumo do nosso país, por exemplo. Mas os lulistas jamais admitem populismo no companheiro. Enquanto isso, diante da crise com as enchentes aqui no Nordeste, onde milhares estão passando necessidades, o que implica fome, e muitos outros sem emprego, o governo federal não libera as verbas imediatas exigindo burocracia. Engraçado: se fosse para compra de votos, a burocracia não seria o menor problema. É a fome do nosso populista.
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