21 de abr. de 2008

Henrique Meirelles o Bode Expiatório de Lula.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem um cartão corporativo, um avião quase novo para viajar pelo vasto mundo e uma versão própria do Fundo Monetário Internacional (FMI), muito mais amigável do que o original e também muito útil politicamente.
A maioria de seus colegas latino-americanos deve ter motivos, portanto, para invejá-lo. O FMI para uso interno tem sede em Brasília. É o Banco Central (BC), órgão responsável pelo combate à inflação e pelo uso dos instrumentos de controle monetário, incluída a taxa básica de juros. Quando os juros sobem, empresários, políticos de várias tendências, analistas de política econômica, sindicalistas, membros do MST e grupos estudantis podem espinafrar o presidente da instituição, Henrique Meirelles, ou o Comitê de Política Monetária (Copom). Quando convém, como ocorre com freqüência, o chefe de governo pode participar desse grande coro de censura.
O presidente Lula valeu-se dessa possibilidade, na quinta-feira, durante um comício - ou melhor, cerimônia do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), em Belo Horizonte. Exibindo um colar cervical prescrito por um médico, o presidente atribuiu seu torcicolo a várias causas, incluindo na lista o aumento de juros anunciado no dia anterior pelo Copom. Não foi além desse comentário, mas provocou risos e aplausos e integrou-se, com muita facilidade, no grupo dos insatisfeitos com o novo endurecimento da política monetária. (leia mais em O Estado de São Paulo)

2 comentários:

Gil Almeida disse...

Piada de caserna:

"O general nunca erra, e quando isso acontece é por culpa exclusiva de seus subordinados."

ma gu disse...

Alô, caros.

Lembrou-me a história do bode na sala.
De vez em quando o duende põe o Meirelles (continuo surpreso com o bom desempenho do dito e com o premio que recebeu. Proteja-o a Padroeira) na sala. Daí, quando todo mundo começa a reclamar, ele tira o Meirelles da sala. Volta tudo ao melhor dos mundos...