5 de abr. de 2008

Lula, o diretor dos trapalhões

Mordomo da vez ou cortina de fumaça
Valdo Cruz na Folha de São Paulo

O Palácio do Planalto está à procura de um culpado, alguém que possa ser responsabilizado pela mais nova confusão em que se meteu: a divulgação daquilo que está sendo chamado de dossiê, publicado pela imprensa nos últimos dias, com dados de gastos da época do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
A torcida interna é que as investigações apontem para um funcionário antigo, que tenha sido herdado dos tempos de FHC. Alguém que teria trabalhado como um espião e acessado o banco de dados palaciano no intuito de criar problemas para o governo Lula. Seria o desfecho ideal na avaliação de governistas. Tudo não teria passado de um complô tucano. A crise estaria resolvida. Possível? Sim.
Mas há quem no Planalto que trabalhe com outra tese. O vazamento pode ser obra de fogo amigo, um petista que enxergou uma oportunidade para enfraquecer a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil). De estilo pouco agregador e até autoritário, a chefe da Casa Civil coleciona inimigos dentro e fora do Palácio do Planalto. Não é de hoje que ex-auxiliares costumam fazer comentários atacando Dilma e seu estilo trator. Não será difícil encontrar algum que ainda esteja trabalhando a seu lado e possa ter visto no dossiê uma forma de vingança.

2 comentários:

Anônimo disse...

A humanidade está evoluindo, nas antigas cortes, as intrigas palacianas eram resolvidas com venenos letais, caia fedendo na hora, hoje, agonizam por muito tempo ou renunciam.
O filósofo nordestino Falcão ensinou assim: "É melhor escapar fedendo que morrer cheiroso".

ma gu disse...

Alô, Marreta.

É a política do glorioso partido...