Lula, o humanamente possível para o País
José Nêumanne O Estado de São Paulo
"É humanamente impossível governar sem as medidas provisórias", chegou a dizer o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em sua cruzada para fazer o Congresso votar o Orçamento da União e destravar a pauta de votações.
A afirmação não tem, evidentemente, nenhuma base nos fatos históricos: de Tomé de Souza a José Sarney foi humanamente possível governar o Brasil sem MPs e sem a tal Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Esta também não ajudou Fernando Collor a administrar, uma vez que foi instituída por obra e graça da passagem do cirurgião Adib Jatene pelo Ministério da Saúde, produzindo ali a prova definitiva de que cirurgiões devem fazer cirurgias, deixando aos sapateiros da administração a tarefa de costurar as meias-solas nos Orçamentos. Houve, é claro, a exceção dos decretos-leis vigentes em regimes de exceção, mas estes só entram na discussão pela mera constatação de que as MPs são hoje o que eles foram ontem.
Em mais uma daquelas análises históricas nas quais seus interesses imediatos prevalecem sobre os fatos ocorridos, Sua Excelência afirmou que "a medida provisória quando foi instituída, no Congresso, na Constituinte de 1988, ela veio porque todos nós ficávamos cansados de decreto-lei" (sic).
José Nêumanne O Estado de São Paulo
"É humanamente impossível governar sem as medidas provisórias", chegou a dizer o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em sua cruzada para fazer o Congresso votar o Orçamento da União e destravar a pauta de votações.
A afirmação não tem, evidentemente, nenhuma base nos fatos históricos: de Tomé de Souza a José Sarney foi humanamente possível governar o Brasil sem MPs e sem a tal Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Esta também não ajudou Fernando Collor a administrar, uma vez que foi instituída por obra e graça da passagem do cirurgião Adib Jatene pelo Ministério da Saúde, produzindo ali a prova definitiva de que cirurgiões devem fazer cirurgias, deixando aos sapateiros da administração a tarefa de costurar as meias-solas nos Orçamentos. Houve, é claro, a exceção dos decretos-leis vigentes em regimes de exceção, mas estes só entram na discussão pela mera constatação de que as MPs são hoje o que eles foram ontem.
Em mais uma daquelas análises históricas nas quais seus interesses imediatos prevalecem sobre os fatos ocorridos, Sua Excelência afirmou que "a medida provisória quando foi instituída, no Congresso, na Constituinte de 1988, ela veio porque todos nós ficávamos cansados de decreto-lei" (sic).
Um comentário:
Alô, Giulio.
D. Luis I, convenientemente, não considera que Medida Provisória é apenas outra denominação para Decreto-Lei, e continua tendo certeza que todos os cidadãos deste país são idiotas...
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