"A justiça pune tão somente para os mais fracos. Vereadores, prefeitos de 96% dos municípios brasileiros tomam de assalto os cofres públicos, assim como fazem os governadores, deputados, senadores, parentes e amigos do presidente da República. Instituições ligadas ao governo, todos de burra cheia, flanando lépidos, livres e continuando a ganhar dinheiro.
Mas uma pobre coitada, menor de idade, suspeita de furto num lugar esquecido do interior do Pará, é submetida à humilhação de ficar presa em uma cadeia masculina, por quase um mês, sendo sistematicamente violentada. A juíza que é responsável por essa barbárie é absolvida de qualquer culpa por uma ação corporativa de seus colegas. Na foto pode ser vista a menina com os cabelos cortado para que parecesse homem. É bajulada por um policial depois que o fato tornou-se de conhecimento nacional. Leia mais Josias de Souza" (G.S.)
“Você deve se lembrar do caso. Deu-se em Abaetetuba, nos fundões do Pará. Identificada pelas iniciais, a menina L.A.B., 15 anos, foi trancafiada numa cela masculina. Acusada de furto, ali permaneceu, por arrastados 23 dias, na companhia de duas dezenas de marmanjos.
Mas uma pobre coitada, menor de idade, suspeita de furto num lugar esquecido do interior do Pará, é submetida à humilhação de ficar presa em uma cadeia masculina, por quase um mês, sendo sistematicamente violentada. A juíza que é responsável por essa barbárie é absolvida de qualquer culpa por uma ação corporativa de seus colegas. Na foto pode ser vista a menina com os cabelos cortado para que parecesse homem. É bajulada por um policial depois que o fato tornou-se de conhecimento nacional. Leia mais Josias de Souza" (G.S.)
“Você deve se lembrar do caso. Deu-se em Abaetetuba, nos fundões do Pará. Identificada pelas iniciais, a menina L.A.B., 15 anos, foi trancafiada numa cela masculina. Acusada de furto, ali permaneceu, por arrastados 23 dias, na companhia de duas dezenas de marmanjos.
Pois bem. Nesta quarta-feira (2), os desembargadores do Tribunal de Justiça do Pará se reuniram para analisar a hipótese de impor algum tipo de punição à juíza Clarice Maria de Andrade. A magistrada é acusada de omissão. Embora soubesse do malfeito, nada fez para livrar a menor do suplício.
Adivinhe o que aconteceu? Havia 23 desembargadores presentes à seção do tribunal paraense. Sobre a mesa, um pedido de abertura de procedimento disciplinar contra a juíza Clarice. Produziu-se o seguinte placar: 15 desembargadores contra a abertura do processo administrativo; sete a favor; uma abstenção.
Inconformada com o arquivamento, a seccional da OAB no Pará informa que vai recorrer da decisão num foro brasiliense: o CNJ (Conselho Nacional de Justiça). Por ora, vai sendo consagrada a tese do abuso sem culpa.
A menina L.A.B. foi violada numa cela submetida aos bons préstimos de quatro mulheres: uma delegada, uma juíza, uma secretária estadual de Segurança e uma governadora. Durante semanas, sob holofotes da mídia nacional e internacional, simulou-se a busca por um demônio sobre cujas costas o Estado pudesse acomodar todas as culpas.
Agora, num instante em que o noticiário dá as costas para o Pará, consolida-se a impressão de que ninguém tem nada a ver com nada. A culpa decerto é da menina.
Adivinhe o que aconteceu? Havia 23 desembargadores presentes à seção do tribunal paraense. Sobre a mesa, um pedido de abertura de procedimento disciplinar contra a juíza Clarice. Produziu-se o seguinte placar: 15 desembargadores contra a abertura do processo administrativo; sete a favor; uma abstenção.
Inconformada com o arquivamento, a seccional da OAB no Pará informa que vai recorrer da decisão num foro brasiliense: o CNJ (Conselho Nacional de Justiça). Por ora, vai sendo consagrada a tese do abuso sem culpa.
A menina L.A.B. foi violada numa cela submetida aos bons préstimos de quatro mulheres: uma delegada, uma juíza, uma secretária estadual de Segurança e uma governadora. Durante semanas, sob holofotes da mídia nacional e internacional, simulou-se a busca por um demônio sobre cujas costas o Estado pudesse acomodar todas as culpas.
Agora, num instante em que o noticiário dá as costas para o Pará, consolida-se a impressão de que ninguém tem nada a ver com nada. A culpa decerto é da menina.
2 comentários:
Essa Clarice merecia inspirar uma obra de arte para substituir a estátua da justiça vendada em Brasília.
Essa Clarice aí não chora na noite do Brasil.
Ela é a própria noite.
A justiça é cega,assim como a juíza e os desembargadores. Eles só enxergam com o olho cego.
Desculpe Marreta,mas a justiça não é cega.. ela é cega, surda, muda, e tem retardo mental, além de ser bem inescrupulosa... ah e lenta claro.
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