
“Operaço para salvar Dilma de um vexame”
Puxem um pouco pela memória. Vocês certamente lembrarão de ter lido ou ouvido que "fontes do governo" consideraram "muito bom" ou "satisfatório" o pronunciamento feito pela ministra Dilma Rousseff, da Casa Civil da presidência da República, sobre o dossiê com despesas sigilosas do casal Fernando Henrique Cardoso.
Foi aquele pronunciamento chamado de "entrevista coletiva". Na verdade foi uma entrevista coletiva "à moda de Dilma": ela falou durante cerca de 20 minutos e respondeu com má vontade a quatro perguntas. Nada esclareceu. E ainda se confundiu em vários momentos.
Pois bem: agora, as ditas "fontes oficiais" admitem que o pronunciamento foi "desastroso". E que por isso não se pode deixar que Dilma compareça a qualquer sessão de qualquer comissão técnica do Senado para responder a perguntas sobre o dossiê. Temem a repetição do desastre.
Dilma foi convidada para depor na Comissão de Infra-Estrutura do Senado sobre o Programa de Aceleração do Crescimento. E depois foi convocada pela mesma Comissão para depor sobre o dossiê. Como convidada ela poderá ir ou não. Como convocada terá de ir.
Em país algum que se dê ao respeito um ministro recusa convite do Senado para ser ouvido. O nosso não é propriamente um país que se dê ao máximo de respeito. Daí a convocação.
O governo tudo fará para derrubar a convocação aprovada devido à costumeira falta de atenção de sua tropa no Senado. Ali ele tem maioria para aprovar ou rejeitar o que quiser.
Quando o governador José Serra (PSDB), de São Paulo, vem com a história de que o episódio do dossiê está ajudando Dilma a se tornar conhecida como "a mulher de Lula que faz acontecer", na verdade está saindo em socorro dela.
A observação de Serra embute uma advertência aos seus colegas da oposição: "Deixem Dilma em paz. Quanto mais exposição ela tiver, pior para nós".
Não é bem assim.
Dilma dispensa a ajuda da oposição para se tornar conhecida. Lula a carrega por toda parte. Não tem melhor apresentador do que ele.
Dilma deve melhores explicações a respeito do dossiê montado por funcionários do seu ministério. O Senado não vai além dos seus chinelos quando a convida ou a convoca a dar explicações.
Em país algum que se dê ao respeito um ministro recusa convite do Senado para ser ouvido. O nosso não é propriamente um país que se dê ao máximo de respeito. Daí a convocação.
O governo tudo fará para derrubar a convocação aprovada devido à costumeira falta de atenção de sua tropa no Senado. Ali ele tem maioria para aprovar ou rejeitar o que quiser.
Quando o governador José Serra (PSDB), de São Paulo, vem com a história de que o episódio do dossiê está ajudando Dilma a se tornar conhecida como "a mulher de Lula que faz acontecer", na verdade está saindo em socorro dela.
A observação de Serra embute uma advertência aos seus colegas da oposição: "Deixem Dilma em paz. Quanto mais exposição ela tiver, pior para nós".
Não é bem assim.
Dilma dispensa a ajuda da oposição para se tornar conhecida. Lula a carrega por toda parte. Não tem melhor apresentador do que ele.
Dilma deve melhores explicações a respeito do dossiê montado por funcionários do seu ministério. O Senado não vai além dos seus chinelos quando a convida ou a convoca a dar explicações.
2 comentários:
É o treino para o comício.
Que começou há 30 anos atrás e ainda não parou.
Ammqard
Alô, Giulio.
O (des)governo sempre acaba nos provando o quanto ele mente. Este é um caso. Primeiro era muito bom ou satisfatório. Depois era um desastre.
Então nos autorizam a pensar assim:
Quando eles dizem que o Brasil vai bem, sabemos que é o contrário.
Ô corja!
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