9 de abr. de 2008

Terceiro Mandato e Corrupção

O pacote aberto antes da hora
Villas-Bôas Corrêa no Jornal do Brasil

O embrulho com jeito de presente de aniversário do terceiro mandato para o presidente Lula tinha tudo para dar certo com a programação que previa o enredo de cada ato do espetáculo até a apoteose final de mais uma reeleição por maioria consagradora. Mas em política, como na vida, um pequeno incidente de percurso pode estragar a festa.
Ora, desde os primeiros ensaios da pré-campanha, com o presidente-candidato a repetir a enfática declaração de que "não se brinca com a democracia", enquanto engambelava a pobrezinha com o truque de saltimbanco dos dois, três comícios relâmpagos por dia de dedicação exclusiva aos agrados ao voto, a pretexto de visitas às obras do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) quase sempre em início – ficou transparente que o governo jogava com muitas cartas do seu baralho com cinco azes, mas a reeleição era a cartada para valer.
Claro como a origem do dossiê das despesas com os cartões corporativos que o esquema da terceira reeleição teria de passar por várias fases e correr os riscos de uma empreitada de tal porte. E o governo necessitava de um candidato, no caso de uma ministra-candidata, para saltar a cerca da proibição legal de campanha eleitoral antes do dia 6 de julho não apenas para enfeitar o palanque, mas para sentir a reação do distinto público.

2 comentários:

Anônimo disse...

Tem gente que no fundo, no fundo, quer mesmo é se aposentar...

Afinal...
Como é que vou tomar minhas "manguaças" sem aporrinhamento...
e usufruir do imenso patrimônio que consegui... com o trabalho "duríssimo" que tive????????

Anônimo disse...

Triste ver um país aproximar-se dos versos

Não existe pecado do lado
Debaixo do Equador...