Cartões com Sotaque
Antonio Sepúlveda, no Jornal do Brasil
Existem políticos e funcionários públicos corruptos em todas as latitudes. A única diferença é que, no Brasil, eles desfrutam o benefício da impunidade institucionalizada. Seja o exemplo dos cartões chapas-brancas.
Sabemos de antemão que as investigações de fachada não terão conclusões satisfatórias, e nenhum ladronaço cumprirá pena. Não importam o circo da CPI e a hipocrisia do discurso no horário nobre.
Os três poderes desta República tão enxovalhada realizam as mais incríveis acrobacias corporativistas, com o intuito de proteger os respectivos companheiros. Renan Calheiros que o diga. E mesmo que houvesse um indiciado, os generosos tribunais dariam o costumeiro jeitinho de aplicar a lei com o máximo de brandura. Ficam-nos duas impressões desagradáveis: existe muita gente com rabo preso e nossos magistrados entendem que condenação e "tolerância zero" sejam atitudes ofensivas à democracia. Democracia com impunidade tem outro nome: anarquia.
O Washington Post noticiou, dia 10, as medidas draconianas adotadas pelo Office of Management and Budget – OMB (órgão gerencial do governo americano que fiscaliza a gestão do Orçamento) — a fim de, à luz de legislação específica, punir com prisão o pessoal da administração federal que malversar o cartão de crédito administrativo.
Antonio Sepúlveda, no Jornal do Brasil
Existem políticos e funcionários públicos corruptos em todas as latitudes. A única diferença é que, no Brasil, eles desfrutam o benefício da impunidade institucionalizada. Seja o exemplo dos cartões chapas-brancas.
Sabemos de antemão que as investigações de fachada não terão conclusões satisfatórias, e nenhum ladronaço cumprirá pena. Não importam o circo da CPI e a hipocrisia do discurso no horário nobre.
Os três poderes desta República tão enxovalhada realizam as mais incríveis acrobacias corporativistas, com o intuito de proteger os respectivos companheiros. Renan Calheiros que o diga. E mesmo que houvesse um indiciado, os generosos tribunais dariam o costumeiro jeitinho de aplicar a lei com o máximo de brandura. Ficam-nos duas impressões desagradáveis: existe muita gente com rabo preso e nossos magistrados entendem que condenação e "tolerância zero" sejam atitudes ofensivas à democracia. Democracia com impunidade tem outro nome: anarquia.
O Washington Post noticiou, dia 10, as medidas draconianas adotadas pelo Office of Management and Budget – OMB (órgão gerencial do governo americano que fiscaliza a gestão do Orçamento) — a fim de, à luz de legislação específica, punir com prisão o pessoal da administração federal que malversar o cartão de crédito administrativo.
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