19 de mai. de 2008

Não é fácil governar, para quem não sabe

Por Antônio Sepúlveda

Em discurso proferido numa das inúmeras cerimônias demagógicas, montadas pela diligente nomenclatura para a "aceleração do crescimento", Lula da Silva vociferou que burros eram aqueles que pensavam ser ele incapaz de governar.
Se a premissa presidencial estiver correta, conclui-se que este articulista é um asno, porquanto entendo, com inabalável convicção, que Lula da Silva de fato não sabe governar; pior que isso, o presidente sequer possui a mais remota noção do que seja governar.
Lula da Silva não governa, e o argumento que demonstra este fato é simples e direto. Senão vejamos. Governar, segundo os dicionários, implica controlar e dirigir a formulação e a administração da política, exercer autoridade sobre o andamento de ações planejadas e outras tarefas que exigem raciocínio lúcido e disciplinado.
Ora, não se pode negar que o raciocínio eficaz não dispensa um bom vocabulário e o conhecimento aceitável de algum idioma. Pois bem, Lula da Silva conhece pouquíssimas palavras e não tem comando de linguagem.
Não sabe falar, lê mal, e nunca se viu um documento que tenha sido, realmente, redigido por ele. É provável que nosso supremo mandatário seja incapaz de escrever uma única frase sem recair em barbarismos escancarados.
Além disso, a escassa habilidade cognitiva de um peão que não passou do bê-á-bá é evidência cabal – e a realidade mostra isso a cada malfadado improviso – de que a lógica jamais seria a disciplina favorita de Lula da Silva que, ao abrir a boca, expõe a mente totalmente desarticulada de um capadócio presunçoso. Portanto, a seqüência dialética é implacável: sem linguagem, não se raciocina; sem raciocínio, não se argumenta com retidão lógica; e sem linguagem, sem raciocínio e sem argumentação, qualquer tentativa de governar será inócua. Lula da Silva não governa mal nem bem; simplesmente não governa, absolutamente.
Lula da Silva não decide coisa alguma, e seria um milagre se ele conseguisse despachar sem ajuda os documentos oficiais. Quem acredita que ele seja capaz de ler e compreender o sumário de um plano de ação? Quem apostaria estar ele apto a realizar uma análise sensata do conjunto dos fenômenos sociais e culturais que ocorrem e se desenvolvem em nosso tempo?
Eis aí o mínimo de intelecto que se espera de um chefe de Estado; e não um joguete, um boneco de ventríloquo com apelo e carisma em meio à plebe ignara, usado e manipulado por um politburo mal-intencionado e disposto a seguir a recomendação leninista de "dar dois passos à frente e um atrás". Esperamos que este desígnio sinistro seja bruscamente interrompido nas próximas eleições.
Até aí, tudo bem, desde que se preserve o democratismo. É até engraçado assistir às fanfarrices de um incapaz que realmente acredita haver realizado a obra de um estadista. O que mais preocupa é o fato de Lula da Silva enxergar apenas preconceito nesta crítica. Eis suas palavras textuais: "Eu espero que a minha passagem pela Presidência tenha quebrado os preconceitos históricos que foram criados neste país; espero que ela quebre os tabus que foram criados neste país. Porque eu cansei. Foram três derrotas: o Lula não pode governar, porque ele não fala inglês, o Lula não pode governar, porque ele não tem um dedo; o Lula não pode governar porque ele é retirante nordestino; o Lula não pode governar porque ele é quase analfabeto; o Lula não pode governar porque não sei das quantas. Burro é quem confunde inteligência com anos de escolaridade. Burro é quem pensa assim."
Não entendi a história das três derrotas, tendo ele enunciado cinco alegações. Em todo caso, nada a contestar em relação à ignorância do inglês, à falta do dedo e ao fato de ter sido pau-de-arara. Qualquer insinuação nesse sentido seria, com efeito, preconceituosa. Quanto à triste realidade de ser ele quase analfabeto, não se trata de preconceito, mas, sim, de uma constatação que nos salta aos olhos. E este enorme fator de fraqueza impede Lula da Silva de governar.

2 comentários:

PapoLivre disse...

Antonio, satisfeito estou em ter lido teu artigo. Começo, meio e fim completamente concisos e didáticos. Que fazer? A maioria da polulação se assemelho ao gnomo impostor, trata-se de uma aliança entre iguais. Quem sabe o que é: democracia, gestão, administrar, planejar? Uma minoria, cujo grande pecado foi ter estudando e não ter feito politicalha, própria dos canalhas em todos os níveis dos três poderes

Anônimo disse...

Eu concordo que não precisa ser um Prêmio Nobel para governar um país, mas, não concordo que um analfabeto o faça. O despreparo dele é tão grande que já beira ao ridículo, (vejam as ultimas fotos ).