3 de mai. de 2008

Parece que Mangabeira Unger acertou.

Obsoleta, a legislação que regula as relações entre o capital e o trabalho é rigorosa para quem a obedece, benéfica para quem goza de suas vantagens, mas ignora a situação de metade dos trabalhadores - que não desfruta de proteção nenhuma - e pode condenar o Brasil a ficar preso entre as economias de trabalho barato e as que usam mais intensamente a tecnologia e se tornam mais produtivas e de crescimento mais rápido. Retarda o progresso, e pode impedi-lo.
Esse diagnóstico, que, com poucas variações, tem sido feito com freqüência por representantes do setor privado e por sindicalistas mais lúcidos, agora é compartilhado também pelo ministro extraordinário de Assuntos Estratégicos, Roberto Mangabeira Unger (foto com o presidente Lula), que foi incumbido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva de elaborar uma agenda mínima de "mudanças radicais" na legislação trabalhista e na estrutura sindical. O ministro vem discutindo o tema com outros ministros e as principais centrais sindicais desde setembro. Num documento divulgado esta semana, Mangabeira Unger sintetizou as discussões e registrou os pontos de convergência que apontam o caminho que as reformas trabalhista e sindical podem trilhar.
Trata-se de um "assunto ainda embrionário", como destacou o ministro da Previdência Social, Luiz Marinho, que, quando ocupou o Ministério do Trabalho, conduziu as discussões sobre esse tema sem ter obtido maiores avanços. (leia mais em O Estado de São Paulo)

Um comentário:

Anônimo disse...

Apesar do BBB-, "ce n'est pas un pays sérieux".