5 de mai. de 2008

Pizza: exclusvimamte para comer

Por Giulio Sanmartini

Na Itália, os deputados e senadores, com todos os penduricalhos, não chegam a ganhar R$ 30mil, trabalham 5 dias na semana e tem somente 3 semanas de férias. Desde o tempo que moro aqui, (1996), não presenciei uma acusação de quebra de ética. Me contam que quando isso acontece, o parlamentar e licenciado do cargo e fica em prisão domiciliar até o julgamento.
Em compensação é um dos Congressos mais legiferantes do planeta. Mal abriu-se XVI legislatura republicana, teve início o prurido em fazer leis. No Senado deram entrada 282 projetos leis e na Câmera 648. A maior parte das propostas são de parlamentares que estavam na legislatura passada, haja vista que ninguém quer renunciar aos próprios cavalos de batalha.
Um exemplo interessante é do senador Giovanni Legnini (Partido Democrático), que volta a propor o reconhecimento da qualificação de “pizzaiolo”. São quatro artigos que viriam regulamentar a profissão através das associações nacionais dos “pizzaiolos”. Àqueles que já exercem a profissão, Legnini prevê um exame prático-teórico. Os que querem entrar no ramo de “pizzaiolos” profissionais, deverão trabalhar pelo menos um ano como ajudante e freqüentar um curso de formação prática. Os novos “pizzaiolos, receberão um certificado de habilitação expedido pelo ministério do Desenvolvimento Econômico.
Entendessem esses cuidados pois, por estes lados, as pizzas deverão ser bem feitas, já que se destinam somente ao prazer do paladar e não como símbolo de impunidade.

(*) Ilustração: Pizzaria napolitana do século XIX.

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