27 de mai. de 2008

Sem punições escândalo Renan completa um ano

Por Chico Bruno

Os leitores do Estadão tiveram a memória refrescada pelo repórter Guilherme Scarance sobre um assunto que ocupou a imprensa em 2007, mas que agora está totalmente apagado das mentes brasileiras.
É que no domingo, 25, fez exatamente um ano do escândalo envolvendo o senador Renan calheiros (PMDB-AL) e sua amante a jornalista Mônica Veloso.
Um caso rumoroso que ocupou a mídia durante meses a fio de 2007, que custou seis representações por quebra de decoro, cinco arquivadas e uma nunca levada ao Conselho de Ética e um inquérito aberto pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em agosto de 2007, que tramita em segredo de Justiça que ainda não teve decolou. Teve estar adormecido em alguma gaveta da PGR.
Segundo Scarance, “em 25 de maio de 2007, veio às bancas a revista Veja com a denúncia de que o cacique alagoano - então um político influente, com acesso fácil ao Palácio do Planalto - tinha contas pessoais pagas por um lobista da empresa Mendes Júnior. Até a pensão de uma filha fora do casamento, com a jornalista Mônica Veloso, seria custeada pelo amigo. O senador negou, mas a artilharia se seguiu nos meses seguintes, após a confirmação de tudo por Mônica. Ao todo, Renan virou alvo de seis acusações: 1) ter contas pagas pela Mendes Júnior; 2) atuar em favor da Schincariol na Receita Federal e no INSS; 3) uso de laranjas na compra de duas rádios e um jornal; 4) arrecadação em ministérios do PMDB; 5) espionagem de dois senadores da oposição em Goiás; 6) autoria de emenda que destinou R$ 280 mil à empresa fantasma de ex-assessor.”
Orientado pelos caciques políticos José Sarney (PMDB-AP) e Jader Barbalho (PMDB-PA), Renan renunciou a presidência do Senado, foi absolvido de duas acusações pelo plenário da Casa e as demais foram desconsideradas.
Em sua reportagem, Scarence arremata:
“Restou apenas o inquérito policial número 2.593, aberto em 6 de agosto pelo STF, a pedido do procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza. A Polícia Federal levantou suspeitas sobre o patrimônio de Renan e ele teve o sigilo bancário e fiscal quebrado. A investigação, com 28 volumes, ainda não foi remetida pelo procurador-geral ao relator do caso no STF, Ricardo Lewandowski”.
Como sempre, os figurões da República conseguem empurrar para debaixo dos tapetes do Judiciário os seus mal feitos.
E assim segue a impunidade no Brasil, servindo de exemplo para que corrupção aos cofres públicos continue desviando os recursos dos nossos impostos, taxas e contribuições.

2 comentários:

Anônimo disse...

Adriana,

Quem terá peito e dizer que vai dar prosseguimento a uma ação dos amigos do lullla? Lembremos que a maioria dos ministros foram indicados por ellle. Vão deixar para começar a julgar muito tempo depois quando a população esquecer de tudo isto.

Anônimo disse...

Renan, Sarney, Barbalho et caterva do PMDB que NÃO era o de Ulisses, viabilizaram essa merda que esta aí.
Afirmo aqui no blog que não tenho partido político, não voto nem peço voto para a escumalha que se enfileiram para me roubarem no futuro.
Ao diabo com todos eles.
Citei Ulisses por ter lutado a favor da democracia, e não por uma questão partidária, assim como às vezes cito o Mão Santa por ser uma voz crítica reverberando entre o Padre Vieira, Montesquieu e Rui Barbosa; alertando o Lula: Atentai bem Luiz Inácio...
Renan por Renan, só diferiu do FHC no método,ambos com relações extra conjugais; A alfa um do intelectual,foi conduzida ao exterior com um bom emprego. A similar do Renan a mídia passou na máquina de moer carne.
Relativizam-se os costumes, a ética e a moral.
Na guerra das favelas, os fogueteiros avisam, a tropa de choque encara, e o chefão do alto se protege, método por método, as camuflagens se equivalem.
Só não viu este filme ainda quem não quis, esta todo dia na frente de todo mundo.